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Queda no consumo reduz endividamento das famílias

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O índice de famílias gaúchas endividadas no mês de agosto alcançou a marca de 65%, a quarta alta mensal consecutiva. O dado integra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC-RS), realizada pela Confederação Nacional do Comércio e divulgada nesta quarta-feira (9) pela Fecomércio-RS. Em agosto do ano passado, a parcela endividada era de 71,3%. A pesquisa mostrou ainda que o número de famílias que se consideram muito endividadas, entre todas entrevistadas, registrou 11,2%, consideravelmente abaixo do registrado em agosto de 2019, que foi de 18%.

Ao longo do avanço da pandemia, o indicador teve forte contração, algo também verificado para o comprometimento da renda. Em março de 2020, edição que captou as respostas antes da pandemia, a parcela média da renda comprometida com dívidas estava em 26,2%, acima de agosto, que foi de 20,1%.

Esses dados refletem um quadro em que houve contração do nível de consumo com a pandemia, em linha com o que a sondagem da intenção de consumo (ICF-RS) tem mostrado. As famílias seguem ainda muito reticentes e com pouca disposição para consumir, algo que pode responder tanto à redução de renda, quanto a uma maior cautela e a uma menor oportunidade de consumo pelas restrições para circular.

Os indicadores de inadimplência da pesquisa, por sua vez, mostram que uma parte importante das famílias com renda menor tem enfrentado dificuldades para pagar as contas. Neste grupo o índice chega a 33,4%, enquanto a média geral de agosto é de 28,4%. O indicador que avalia o percentual de famílias com contas atrasadas que não terão condições de quitar suas dívidas em 30 dias registrou 18,2% no grupo de menor renda, enquanto na amostra geral é de 13,7%.

O presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, avalia que, mesmo com o auxílio emergencial desempenhando papel muito importante de suporte à manutenção do consumo, sobretudo de gêneros alimentícios, muitas famílias já estavam endividadas. “Com um orçamento apertado, mesmo com o benefício, famílias nessa situação ficaram sem condições de fazer frente às dívidas contraídas anteriormente e não tem possibilidade de conseguir novo crédito. Somente com a melhora do quadro do mercado de trabalho poderemos reverter essa situação de maneira estrutural”, assinalou.

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