Fedoca não será candidato, a doença o salvou. Não fosse sua questão de saúde, que todos respeitamos e entendemos, teria de buscar sua reeleição, fazer sua própria sucessão, se colocar para a avaliação da comunidade. Mas agora ele tem uma desculpa real e incontestável. Se fosse, não faria mais de 5% dos votos.
Outro vai pagar
Alguém, no entanto, vai pagar essa conta. Quem representar Fedoca na eleição está frito. O legado eleitoral desta administração pode enterrar a carreira, ou pretensão política, de alguém que não necessariamente merece. Fedoca fez tudo ao contrário do que dizia na campanha, levou a companheirada, os compadres e amigos para o paço municipal e só parou com o nepotismo quando mandado por decisão judicial.
Evandro está no foco
Quem corre o risco de pagar esta conta do Fedoca é o Evandro Moschem. Atual vice-prefeito se insurgiu contra o Fedoca ainda antes de iniciar a gestão, quando ainda montavam o governo. O problema é que não conseguiu em nenhum momento, nem até hoje, se desvincular a ponto de evitar a contaminação. Até porque havia decidido que sequer participaria deste pleito por motivos pessoais. E, agora, quando por insistência do partido, anunciou sua pré-candidatura a prefeito e em seguida a saída do governo, os CCs não fazem o mínimo sacrifício por ele.
Bandeira cinzenta
Dia 15, sábado, o MDB anunciou que Evandro iria concorrer a prefeito. Dia 17, primeiro dia útil após, iniciaram as retaliações com a demissão da secretária de Governança, Simone Bender e do adjunto da Procuradoria, Felipe Dourado. Na terça o MDB se reuniu e decidiu se afastar por completo da administração, com seus dois secretários e 50 CCs restantes até dia 31, que seria a próxima segunda-feira. Na quinta-feira, dia 20, o presidente do MDB avisou que teve um sinal de bandeira branca, um possível entendimento do MDB com o governo (PDT). E assim, até ontem pela manhã, o MDB ainda dependia da ‘caneta’ do Fedoca.
Maldita pandemia
Imagino os CCs do MDB olhando pela janela para ver se saem ou não. Devem pensar: “Alapuxa, o inverno tá longo lá fora…”. Mais um ingrediente da eleição que piora as coisas para quem está no poder. Principalmente em Gramado, onde os tais cargos de confiança e suas remunerações privilegiadas foram o carro-chefe da campanha passada.
Intensidade
Assim como o grupo do governo demora nas suas decisões, Nestor é rápido, ágil e intenso. A exemplo do que foi o estão candidato a vice, Evandro. Naquela eleição a batuta seguiu o ritmo dele. Imagino sua angústia aguardando a chegada dos companheiros que não conseguem largar seus cargos para aderir à nova campanha. Enquanto isso, Nestor navega sozinho em alta campanha, pré-campanha. Na entrevista de quarta aqui no JI quando perguntado por ouvinte se faria o asfalto da linha Tapera, respondeu de pronto que além deste faria também na Furna, São Roque e Pedras Brancas.
Entrevistas
A rádio do Jornal Integração segue fazendo boas entrevistas que podem ser ouvidas pelos nossos assinantes no site www.leiafacil.com. Ontem pela manhã entrevistamos o Tolão, PDT de Canela e quarta-feira, Nestor Tissot, PP Gramado, pré-candidatos a prefeito de suas respectivas cidades. Duas excelentes entrevistas com conteúdo muito bom para quem gosta dos mais diversos temas destas duas cidades. Ambas ainda podem ser ouvidas nos podcasts do site www.leiafacil.com.
Jeferson Benetti
Com potencial para ser candidato a vice, na terça-feira foi entrevistado o líder tucano, ex-presidente do partido, Jeferson Benetti, o Polenta. Com grande conhecimento sobre gestão hospitalar fala com propriedade do assunto São Miguel. Como está no PSDB e o pré-candidato na iminência de desistir da candidatura, seu planos de ser vice também irão água abaixo. Sua entrevista vale muito a pena também e está no site do Integração: www.leifacil.com. Já hoje, às 8h, Daniel Santos entrevista Luia Barbacovi, pré-candidato a vice de Nestor. No partido (Progressistas) concorre com o Dr. Bira e ainda pode aparecer Beto Tomasini nesta disputa caso de fato decline de concorrer a prefeito.
Terceirização EGR
Ainda que tudo esteja nebuloso, há assuntos que devem merecer a atenção para que não sejamos pegos de surpresa. A terceirização das nossas estradas está prevista para 30 anos, logo, o planejamento precisa ser muito minucioso. E até agora não ouço nenhum movimento de participação nem de Canela e nem de Gramado…
Eventos do Natal Luz
A decisão (definitiva) sobre o cancelamento de qualquer espetáculo que reúna pessoas neste Natal Luz, anunciada ontem, não surpreende. Era o que tinha de ocorrer. O RJ já discute o carnaval, que será lá no final de fevereiro/março. O Natal Luz inicia em outubro. E antes de termos vacina em massa não teremos aglomeração, simples assim. Agora, o prejuízo disso é incalculável. Coloca em xeque a própria autarquia Gramadotur, gestora deste e dos demais eventos de Gramado. O natal do ano passado gerou lucro acima de sete milhões e já está apertado, talvez não tenha caixa para as folhas até o fim do ano, imagine-se o próximo ano, com a prefeitura, também, em crise, já prevendo pelo menos 20 milhões a menos do que 2020 no orçamento e o Natal sem a venda de ingressos.
Sonho de Natal
“Agora é nossa vez”, disse ontem à coluna o secretário de Turismo de Canela, Ângelo Sanches, sobre o evento Sonho de Natal, em relação ao cancelamento dos espetáculos do Natal Luz de Gramado. Ele está convidando para o lançamento do Sonho na próxima quarta, dia 02, virtual. “Vai ter Papai Noel descendo todas as noites da Catedral”, avisou com o mesmo entusiasmo de sempre.
