Com a saída do MDB do governo Fedoca poderemos medir o tamanho do PDT em Gramado. Desde o princípio aqueles cargos realmente relevantes na administração e que ficaram para o Fedoca e seu PDT foram preenchidos com estrangeiros. Foi assim no Turismo e GramadoTur, na Fazenda, na Procuradoria Geral, no Hospital, entre outros. Só que agora, a 4 meses do final do mandato, quem viria? Se for bom não vem.
São 50 cargos
Se estão atuando é porque são importantes para a engrenagem funcionar, ou não? Na Secretaria da Simone Bender, responsável pelas obras, quem vai fiscalizar o Ginásio da Vila Olímpica, o asfalto no Morro Agudo, na Linha Bonita, Mato Queimado, Linha Ávila? Imagine na Saúde e na Secretaria de Obras. Previsão muito ruim para estes último quatro meses.
Sair para onde
O MDB flexibilizou sua orientação de saída dos seus filiados dos cargos, justificando ser pela funcionalidade da Prefeitura. Mas tem um outro jeito de ver isso também. Dos 50, não mais do que dez teriam condições financeiras de sair agora. Os outros 40, que já ganham pouco e por isso não puderam fazer reserva, ficariam sem grana em dez dias. A coisa não está fácil aqui fora…
Guri de recado
Quem está mandando os recados ardilosos ao MDB é o secretário de Esportes, Jacó Schaumloeffel. Mas, ao que se sabe ele é só um guri de recado. O manda chuva é o Fedoca e ele não é manipulado como poderiam imaginar alguns. Há tempo que o Jacó vem pedindo quando o MDB desembarcaria do governo, em nome do Fedoca, embora queira, como presidente do PDT, disfarçar isso. Afinal de contas a caneta é do Fedoca. O resto é leva e traz. Pediram para o MDB sair, e assim que isso ocorrer esvazia a Prefeitura, vai parar tudo o que já anda à trote de lesma.
Faltam 132 dias
E dizer que ainda faltam 132 dias. Mas se avaliar de outra forma poderíamos dizer, só 132 dias. Se a experiência com Fedoca na Prefeitura foi ruim, chorar não vai resolver. É compreensível a vontade da população de experimentar algo diferente após 16 anos de reinado de um único grupo, no caso o PP. Talvez muitos desconfiassem da capacidade de Fedoca para o cargo, mas como desde 2008 era o que se apresentava como sucessor do PP, tinha chegado a hora de arriscar.
Sem renovação
Fedoca se elegeu em 2016 pelas mãos do PMDB, que não conseguiu formar uma liderança capaz de suceder o ex-prefeito do partido por três mandatos, Nelson Dinnebier, que faleceu durante a campanha de 2000. Assim, foi de carona com Fedoca de eleição por eleição, até elegê-lo prefeito. Só não foi de arrasto em 2012 porque Fedoca não concorreu naquele ano.
Como se nota, de ponta a ponta, nos três níveis, Município, Estado e União, a tal renovação é um desafio insuperável para os partidos políticos. Assim também foi e segue sendo no Progressistas. Após 16 anos consecutivos de mandato e mais dois intercalados com o MDB, perdeu a eleição passada quando Pedro Bala buscava aquele que seria seu quinto mandato. E agora, para a eleição de 15 de novembro, volta com Nestor Tissot que também já teve 8 anos no comando do Município. Por estas razões daria para afirmar que PP e MDB elegeram o PDT, ainda que este não tivesse um nome à altura, ou preparado para a função e um partido mínimo.
Renovação
Por estas razões há quem gostaria de ver o pleito de 15 de novembro, sendo disputado por lideranças mais recentes. O MDB parece que finalmente decidiu quem o representa. Evandro Moschem tinha 16 anos quando Dinnebier faleceu, buscou formação, se elegeu vereador e vice-prefeito e agora busca o cargo máximo representando a sigla. Enquanto isso o Progressistas volta com Nestor Tissot, aparentemente com o mesmo objetivo que restou frustrado na eleição passada, que é exatamente garantir a vitória.
Causas para não renovação
A causa para essa carência de jovens na disputa do cargo a prefeito é simples de entender. Em primeiro lugar, jovens encaminham uma carreira profissional, o que a política não pode garantir devido às eleições de 4 em 4 anos. Em segundo lugar porque o único objetivo das militâncias é vencer. Não é apresentar necessariamente a melhor proposta, mas sim, vencer e garantir os cargos com salários bem compensadores.
ELEIÇÕES 2020
Sem sucessão
Fedoca não será candidato, mas deveria, pois só assim saberíamos o percentual de sua aprovação. Aposto que não chegaria a 7%. Ainda há tempo para ele fazer este teste. PDT do Fedoca não deveria ter nem candidato a vereador, imagine o tamanho do partido.
Evandro
É o jovem da campanha, 36 anos. Com alto fluxo no digital, vai esquentar a campanha. Sua dificuldade será se desvincular do Fedoca. Todos sabemos que não tinha como ser mais eficiente como vice, mas a curiosidade é se o eleitor também tem esta compreensão. De todo o modo, foi corajoso assumindo a condição de pré-candidato, não fugindo da briga.
Nestor
Com 8 anos de mandato em tempos que deixam saudade, vai mostrar suas ações naquele tempo para cativar o eleitor. Para provar que não pretender ficar atrás nas plataformas digitais, ontem mesmo publicou o primeiro vídeo de uma série que chama de Recordar é Viver. Segundo dito ali, foram 60 quilômetros de asfalto no interior em seus 8 anos de mandato de 2009 a 2017.
Coronavírus
Só deixaremos de ter a pandemia na mente e à frente de todas as nossas atitudes após a vacinação em massa da população mundial. E lamentavelmente isso não deverá ocorrer em 2020. A projeção otimista é que as aulas iniciem em tempo normal em 2021 e as mais conservadores que isso poderá atrasar, para abril, ou maio de 20121.
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