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Fabris ressurge na atividade pública pelo Patriota

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“A minha oposição não é contra a pessoa de Daniel Guerra, e sim, ao modo dele governar… Todos sabemos que essa história de currículo nunca existiu”.

 

“A Administração vai de mal a pior. O Daniel cria conflitos desnecessários com a toda a sociedade. É uma gestão desagregadora…”

 

O ex-vice-prefeito de Caxias do Sul, Ricardo Fabris de Abreu, retornou ao cenário da política local, no início desta semana, depois de ter assumido como vice-presidente do diretório estadual do Patriota – nova sigla do Partido Ecológico Nacional (PEN). O novo presidente é Rubens Rebés, que era filiado ao Partido Humanista da Solidariedade (PHS), pelo qual concorreu a deputado estadual, em 2018.

Desde o início do ano passado, ele estava filiado ao Avante. Fabris começou na política, nas eleições de 2016, como candidato a vice do atual prefeito de Caxias, Daniel Guerra, pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), hoje Republicanos. Em 2017, depois de uma série de conflitos provocados pelo chefe do Executivo, o novo Patriota esteve filiado ao Partido Social Democrático (PSD).

Em entrevista exclusiva à FOLHA DE CAXIAS, Ricardo Fabris falou do futuro político, da articulação do partido pela pré-candidatura à Prefeitura de Caxias, do governo de Daniel Guerra e do relacionamento com a executiva local do Patriota, que agora se coloca como oposição ao atual governo municipal.

 

Folha de Caxias: Que motivos lhe trouxeram de volta à política, depois de ter renunciado ao cargo de vice-prefeito de Caxias?

Fabris: Fui procurado pelo Rubens Rebés, que teve participação na minha ida para o Avante, que com essa questão de cláusula de barreira não tem mais condições de concorrer. Eu não tinha nenhuma intenção de participar da política de novo, mas aceitei o convite para o cargo de vice da Executiva. O partido insiste que eu participe da eleição majoritária, em 2020, por entender que eu sou a pessoa que mais se opôs a esse governo atual.

 

Folha: E já decidiu?

Fabris: Ainda não estou convencido disso, pelo menos, nesse momento, até porque ainda faltam 15 meses até as próximas eleições. Muita coisa pode acontecer no próximo ano, até a homologação das candidaturas e se apresentarem outros candidatos, em que pese a insistência do partido para eu concorrer.

 

Folha: Como fica o seu relacionamento com o presidente do diretório municipal, João Dreher?

Fabris: O João é meu conhecido e uma das pessoas que indicaram meu nome para concorrer a vice-prefeito, em 2016. Esse fato realmente criou certo antagonismo. Ele não faz parte do Executivo, mas é assessor do vereador Renato Nunes, que é o líder de governo. A determinação que vem da direção do partido é de que o Patriota é oposição ao governo Guerra. Eu pedi ao Rebés para conversar com ele. Eu ainda não fiz isso, mas pretendo fazer.

 

Folha: O Patriota já alinhava coligações para a eleição de 2020?

Fabris: Com a cláusula de barreira, o Patriota é o sétimo partido com mais tempo de rádio e televisão e no recebimento do fundo partidário. Mais ainda que o PTB, por exemplo, que é um partido tradicional. Já existem conversas com outros partidos, embora ainda tenhamos tempo para que isso ocorra e quem está fazendo isso é o presidente Rebés.

 

Folha: Os seus conflitos com o prefeito podem influenciar na decisão de concorrer contra ele?

Fabris: É claro que isso influencia, pois é uma questão subjetiva. Porém, a minha oposição não é a pessoa de Daniel Guerra, e sim, ao modo dele governar. Reconheço que foi ele que me trouxe para a política. Todos nós sabemos que essa história de currículo nunca existiu. Eu procuro abstrair os conflitos pessoais. Se decidir me candidatar vai ser pela oposição a esta gestão e aos atos administrativos que vêm sendo realizados.

 

Folha: Quais suas restrições ao atual governo?

Fabris: Vejo o governo dele como equivocado e permeado de erros. Ele não cumpre o plano de governo, registrado na Justiça Eleitoral. A Administração vai de mal a pior. O Daniel cria conflitos desnecessários com a toda a sociedade. É uma gestão desagregadora, que não está construindo nada de relevante de obras e desenvolvimento econômico e social. Está apenas dando andamento a projetos dos antecessores.

 

Folha: Qual foi o maior conflito deste governo?

Fabris: A saúde pública está um horror, porque foi criado um conflito desnecessário com médicos, dizendo que eles não trabalhavam, não registravam o ponto e não se dedicavam. Isso é uma falácia. Uns foram demitidos, outros foram embora, porque não interessava mais permanecer no Município. Foi terceirizado o serviço de saúde e o Cremers está toda hora em Caxias, apontando irregularidades. Pessoas nas filas de madrugada e o governo resolve reformar o Postão 24h e fechar o pronto atendimento. Ele não permite que os vereadores inspecionem a obra. A informação é de que a obra está parada.

 

Folha: Como avalia a gestão das outras duas áreas prioritárias deste governo?

Fabris: Na segurança, a proposta era aumentar convênios com a Brigada Militar, Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias. Tentei adequar a Guarda Municipal à lei federal do Sistema Único de Segurança Pública. E o que temos? Guardas municipais invadindo o gabinete do prefeito, pedindo melhores condições de trabalho. Na educação, também não cumpriu a meta de construir creches nem as escolas verticais, que não têm cabimento, pois é proibido por lei. Aumentam os conflitos no Fórum pelo direito às vagas na educação infantil. O prefeito se agarra na legalidade e no marco regulatório para fechar e reduzir serviços.

 

Folha: Qual seria a intenção deste suposto desmonte?

Fabris: Parece-me que o prefeito, dada à sua origem de bancário, optou por governar Caxias como se fosse um tesoureiro. Ele está fazendo caixa. Só que o Município não é uma empresa privada, não tem que ter lucro. A Prefeitura é um órgão público por essência, a zeladoria de um grande condomínio de prestação de serviços e de bem-estar à população.

 

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