A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou para 240,7 milhões de toneladas a estimativa da safra de grãos para o período 2018/2019, alta de 5,7%, equivalente a 13 milhões sobre a anterior. Trata-se de um novo recorde na série histórica. A área plantada está prevista em 62,9 milhões de hectares, aumento de 1,9%.
O levantamento mostra que o milho segunda safra deve ser um dos maiores destaques do período, com produção recorde de 72,4 milhões de toneladas, crescimento de 34,2%. Já o milho primeira safra deve ficar em 26,2 milhões de toneladas, queda de 2,5%.
A produção de algodão deve aumentar 32,9%, o que equivale a 6,7 milhões de algodão em caroço ou 2,7 milhões em pluma. Para a soja, é prevista redução de 3,6%, atingindo 115 milhões de toneladas. As regiões Centro-Oeste e Sul representam mais de 78% dessa produção.
Para a safra de inverno, a Conab estima produção de trigo de 5,5 milhões de toneladas em área estimada em 1,99 milhão de ha, 2,4% menor que a plantada em 2018. As demais culturas de inverno, como aveia, canola, centeio, cevada e triticale, apresentam leve aumento na área cultivada, passando de 546,5 mil ha para 552,2 mil ha. As condições climáticas vêm favorecendo as lavouras.
IBGE estima volume pouco menor
A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar o ano de 2019 em 236 milhões de toneladas, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume é 4,2% maior que o obtido em 2018. A estimativa de área a ser colhida é de 62,8 milhões de hectares, 3% superior à passada.
Das três principais lavouras de grãos, apenas o milho deverá ter crescimento, de 17%, na produção neste ano em relação a 2018. Para a soja, é esperada queda de 4,5% e, para o arroz, 11,2%. Entre as lavouras com produção prevista de mais de um milhão de toneladas, deverão fechar o ano com altas o feijão, 1,7%; algodão, 31,5%; sorgo, 11,2%; e trigo, 14,5%.
O levantamento também abrange a produção de outros produtos agrícolas importantes. A cana-de-açúcar, por exemplo, deverá fechar o ano com produção de 665 milhões de toneladas, recuo de 1,4% sobre a safra passada. Também deverão recuar as produções de café, em 12,2%; laranja, 1,2%; tomate, 5,3%; e uva, 10,8%. Com projeção de alta, banana, 3%; batata-inglesa, 1%; e mandioca, 4,2%.
