Na manhã desta quarta-feira, dia 25 de setembro, João Henrique, o menino de 8 anos, natural de Igrejinha que a equipe do Jornal Integração vem acompahando a história desde fevereiro, deu um passo crucial em sua batalha contra a anemia de Fanconi. Acompanhado pela mãe, Ana, pelo pai e pelo irmão Davi, que é 100% compatível, João começou o tão aguardado transplante de medula óssea no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. Este procedimento, que levou em torno de 4 horas, representa um momento de esperança e expectativa para a família, que já enfrenta uma longa jornada de tratamentos desde fevereiro.
A Rotina de cuidados e desafios diários
Durante a internação, João apresentou uma leve elevação na pressão arterial, mas foi medicado e está estável. Ana compartilhou: “O João está bem, está estável.” No entanto, o processo que se inicia agora é repleto de incertezas. Após o transplante, João começará uma nova fase de quimioterapia preventiva, visando evitar a rejeição da medula e complicações como a doença do enxerto. “Estamos no TMO, uma parte somente de transplante e um isolamento”, destacou Ana.
As próximas semanas são cruciais, pois a família aguarda ansiosamente o período de 15 a 20 dias, quando será feita a “pega de medula” para avaliar a eficácia do transplante. Ana enfatiza a expectativa: “Agora teremos que esperar para saber se tudo deu certo.” Essa fase de espera é muitas vezes angustiante, mas a família se mantém otimista.
Os desafios financeiros e emocionais
A rotina em Curitiba é intensa e cheia de desafios. Ana e João estão alojados em uma casa de apoio, onde recebem refeições, mas ainda enfrentam gastos diários com itens de higiene e cuidados médicos. Ana relata: “As doações estão sendo muito importantes porque este tempo que estamos aqui estou sem ganho nenhum.” A falta de recursos torna a situação ainda mais difícil: “Somente com matérias e campanhas divulgando nossa vaquinha online conseguimos um suporte.”
João precisa seguir uma dieta rigorosa. “Aqui no hospital, o João tem restrição e só pode comer comida cozida. Nada de besteira como salgadinhos ou doces”, explica Ana. Essa alimentação restrita é parte de um cuidado maior: “Ele terá que realizar todas as vacinas do calendário vacinal novamente, e temos que ter cuidado redobrado com a higiene para evitar infecções.” Qualquer descuido pode ser perigoso, já que João está com o sistema imunológico comprometido.
O impacto emocional e a necessidade de apoio
A situação emocional também é desafiadora. Ana admite: “Estou com a cabeça cheia, são muitas emoções e preocupações. Então tento viver um dia de cada vez, mas choro todos os dias.” A pressão emocional é grande, e o apoio psicológico é fundamental. “Temos uma psicóloga que vem conversar e acompanhar a gente. Ela nos ajuda a lidar com essa fase”, diz Ana, ressaltando a importância de ter alguém para desabafar e buscar apoio.
Além da saúde física, o impacto no bem-estar emocional de João e da família é profundo. O garoto, que deveria estar brincando e frequentando a escola, passa por experiências que crianças de sua idade não deveriam vivenciar. Ana menciona a preocupação com o retorno à escola: “Vou ver se consigo uma professora domiciliar, pelo menos no primeiro ano, pois ele terá que ficar 2 anos sem pegar sol.” Essa readaptação é uma preocupação constante para a mãe, que busca garantir que João não perca o contato com a educação e a socialização.
A importância das doações
A família continua a contar com o apoio da comunidade para enfrentar esses desafios. As doações são essenciais, não apenas para cobrir os custos de medicamentos e itens de cuidado, mas também para proporcionar um pouco de alívio emocional.
As doações podem ser feitas através da vaquinha online https://campanhadobem.com/ajuda-ao-joao-com-anemia-de-fanconi ou via Pix (51) 9 9553-6426. Cada ato de solidariedade é um passo importante na luta de João pela saúde e por um futuro melhor.
A equipe do Jornal Integração continuará acompanhando a trajetória de João, torcendo por sua recuperação e pelo fortalecimento dessa família que luta incansavelmente por dias melhores.