CANELA – Na sessão ordinária de ontem (22), a Câmara de Vereadores rejeitou, por sete votos a dois, o pedido de cassação de mandato do vereador Jerônimo Terra Rolim (PSDB). Duas denúncias foram protocoladas no Legislativo há duas semanas, pelo ex-procurador-geral do Município, Luiz Fernando Tomazelli. Rolim criticou fortemente o mérito do processo e rasgou o documento durante sua explanação na tribuna.
Votaram a favor do arquivamento do processo os vereadores: Ismael Viezze (PDT), Jonas Bohn Bernardo (PP), Carmen Seibt (PP), Carlos Oliveira (PDT), Jone Wulff (PDT), Leandro Gralha (MDB) e Alberi Dias (PPS). Apenas os emedebistas Emília Fulcher e Marcelo Drehmer votaram pela continuidade da denúncia. Presidente da Câmara, Marcelo Savi (MDB) conduziu o processo e pelo regimento interno não teve direito a voto.
Rolim falou sobre os dois casos em que foi denunciado. O primeiro foi uma liminar ajuizada por ele contra o Facebook, em razão de um perfil denominado Obras Canela que era utilizado para atacá-lo. Ele solicitou a retirada do perfil e a intimação da prefeitura, procurando saber se o perfil era dela. O segundo caso foi um processo realizado por Jerônimo contra a prefeitura em 2016, antes de o mesmo assumir o mandato como vereador.
Em ambos os casos, a denúncias justificavam que o vereador estava atuando em processos judiciais contra a Prefeitura de Canela, durante o exercício de seu mandato. A Lei Orgânica proíbe que vereadores sejam autores de processos contra o Município, ou então, quando advogados (como no caso de Rolim) representem clientes em causas contra a prefeitura.