GRAMADO – As aulas da rede estadual de ensino retornam em todo o território gaúcho na próxima quinta-feira (23), após o período de férias de verão. Localizado no bairro Floresta, o Colégio Boaventura Ramos Pacheco informou aos alunos que o início do ano letivo será de forma remota.
A escola passa por uma ampla reforma na estrutura dos dois prédios que fazem parte do colégio e na parte elétrica. Segundo as projeções da empresa responsável, as obras não devem ser concluídas até a próxima quinta-feira (23), o que impossibilitará o retorno dos alunos.
O grupo de professores, juntamente com a equipe diretiva atual, sugeriram à Coordenadoria Regional de Educação o adiamento do início do ano letivo, em função da obra. A reportagem do Jornal Integração esteve na escola durante a semana para verificar as condições dos prédios. Muitos entulhos estavam espalhados pelos corredores e nas salas de aula, além de fios elétricos pendurados pela escola. Pedreiros ainda trabalham e as classes, livros e demais materiais didáticos estavam empilhados no pavilhão de esportes e nos corredores.
Na noite de ontem (16), a 4º Coordenadoria de Educação, após muitos questionamentos, informou que as aulas devem iniciar na data prevista, próxima quinta-feira (23), porém de forma remota, ou seja, aulas online da mesma forma como foi durante o momento mais crítico da pandemia.
Em um comunicado, a escola afirmou que informações detalhadas sobre o funcionamento das aulas online serão repassadas aos grupos de WhatsApp onde os pais e alunos estão.
Diretores seguem afastados
No final do ano passado, a diretora, Tatiana Dalle Molle e o vice-diretor do turno da tarde, Nelson Szynwelski, foram afastados de seus cargos para responderem a uma sindicância aberta pela Secretaria de Educação. O antigo Conselho de Pais e Mestres (CPM) da escola acusou a diretora de não gerenciar de maneira correta o caixa da instituição. O vice-diretor, na ocasião, também acusou a diretora de assédio moral e perseguição.
Os dois seguem afastados de seus cargos para que os fatos sejam apurados. Questionada diversas vezes sobre o andamento das investigações, a 4º Coordenadoria de Educação de Caxias do Sul afirmou que não pode divulgar nenhuma informação sobre o assunto e que a investigação é sigilosa. Quem responde pela escola no momento é a vice-diretora do turno da manhã, professora Marivani Carla Frizzo de Andrade.
Texto: Gabriel Bremstrop