Alguns índices já são similares ao período anterior à crise dos últimos anos (Foto Divulgação/Banco de Dados)
O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) fecha o ano em 64,9 pontos, 2,9 acima de novembro. É o maior nível desde fevereiro de 2019, quando havia atingido 66,8 pontos. "A definição da Reforma da Previdência, a manutenção contínua da queda dos juros e os primeiros sinais de melhora na economia provocam uma nova rodada de alta da confiança no industrial gaúcho", explica Gilberto Petry, presidente da Federação das Indústrias do Estado, responsável pelo estudo.
De acordo com Petry, para que esta confiança se sustente, a agenda de reformas e a economia do país precisam continuar a mostrar resultados concretos. Dessa forma, será mantida a perspectiva de que a atividade da indústria gaúcha deva retomar o processo de recuperação nos próximos meses. O ICEI-RS e seus indicadores denotam confiança do empresário industrial quando ficam acima dos 50 pontos.
No resultado de dezembro, o Indicador de Condições Atuais cresceu pelo segundo mês seguido e alcançou 59,2 pontos, a maior marca desde os 61,1 de maio de 2010. A avaliação dos empresários gaúchos sobre a economia brasileira mudou nos últimos cinco meses: o Índice de Condições Atuais da Economia Brasileira atingiu 60,8 pontos, 15 acima de julho de 2019 e 3,8 sobre novembro. Outro ponto positivo destacado pela pesquisa é que as condições das empresas, 58,3 pontos, não se mostram tão favoráveis desde junho de 2010, quando chegou aos 59.
EXPECTATIVAS POSITIVAS
Com este cenário mais favorável, o otimismo dos empresários gaúchos aumentou em dezembro. O Índice de Expectativas para os próximos seis meses é o maior desde março deste ano: 67,7 pontos. O Índice de Expectativas da Economia Brasil avançou quatro pontos, atingindo 67,3, o maior desde fevereiro de 2019, que foi de 70,7. O Índice de Expectativas das Empresas subiu 2,5 pontos, para 67,9, o mais alto nível desde março de 2019, que foi de 68,4.
Com isso, a confiança da indústria gaúcha, que na maior parte do ano foi sustentada pelo componente de expectativas, nos últimos dois meses passou também a contar com a melhora consistente das condições atuais. Quase metade das empresas, 48,1%, percebe melhora na economia brasileira. A parcela que não vê mudanças é de 46,1% e a que percebe piora é de 5,8%.