De acordo com a FIERGS, indústria gaúcha está preparada para elevar produção (Foto Soprano, Divulgação/Banco de Dados)
A indústria gaúcha começou o ano em ritmo mais intenso. Na comparação com dezembro, o mês de janeiro apurou crescimento de quase 11 pontos, para 53,3, na produção, e perto de cinco, para 48,8, no emprego. É o que revela a Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, divulgada na quinta-feira, 27 de fevereiro, pela Federação das Indústrias do Estado (FIERGS). "O empresário gaúcho mostra disposição para investir, mas também tem a expectativa da continuidade das aprovações das reformas necessárias para o país, especialmente a tributária", explica o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry. Os resultados da produção e do emprego ficaram bem acima de suas respectivas médias históricas para o primeiro mês do ano, 47,9 e 49,6 pontos.
Já a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) caiu de 68%, em dezembro, para 67%, muito próximo do grau médio para janeiro (67,2%). O índice que mede os estoques de produtos finais relativamente ao planejado pelas empresas foi de 48,5 pontos. Valores abaixo de 50 indicam nível menor do que o planejado, mas diferentemente de outros indicadores, no caso dos estoques, sinalizam demanda superior à esperada. "A indústria gaúcha tem total capacidade para aumentar a produção nos próximos meses", afirma Petry.
O levantamento apontou também que a expectativa da indústria gaúcha para os próximos seis meses não apenas continuou positiva, como melhorou. A exceção foram as exportações, cujo otimismo arrefeceu. Todos os índices seguiram acima dos 50 pontos, que refletem perspectivas de crescimento: a demanda subiu de 61,1, em janeiro, para 63,8 pontos; compras de insumos e matérias-primas, de 59 para 62; e emprego, de 55,4 para 57,1. Já as exportações recuaram de 55,4 para 55 no segundo mês do ano.
O índice de intenção de investimentos nos próximos seis meses caiu 0,8 ponto ante janeiro, atingindo 57,1 pontos em fevereiro. Apesar disso, segue bem acima de sua média histórica de 49,4 pontos. Quanto maior o valor, mais empresas estão dispostas investir.