Nem mesmo as liquidações têm estimulado a intenção de compras (Foto Exata Comunicação, Divulgação)
Mesmo com o avanço em fevereiro, chegando aos 93,7 pontos, a intenção de consumo das famílias gaúchas segue no nível de pessimismo. O dado faz parte do estudo realizado todos os meses pela Fecomércio-RS. "Há muito tempo temos observado que as famílias têm ficado menos pessimistas. No entanto, elas não conseguem ficar otimistas. Parece que todos têm a certeza de que o pior já passou, mas isso ainda não é o suficiente para fazer com que as pessoas fiquem animadas com o presente e esperançosas quanto ao futuro", comentou o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.
O indicador de fevereiro foi 5,1 pontos superior ao mesmo mês do ano passado e de 0,6 em relação a janeiro. A última vez que o indicador superou o nível de neutralidade, 100, foi em março de 2015. Atualmente, apenas dois subindicadores ultrapassam esta barreira: situação do emprego, com 112,9 pontos, e perspectiva de consumo, 101,8 pontos.
As altas mais significativas têm sido verificadas em acesso ao crédito e no indicador que reflete a percepção de momento para a aquisição de bens duráveis. Na comparação interanual, o acesso ao crédito, atualmente em 84,6 pontos, cresceu 15,7; e o de momento para a aquisição de bens duráveis, que está em 71,4 pontos, avançou 21,4. "Nos últimos anos, esses dois indicadores foram os que testaram os níveis mais baixos. Com os juros menores, e melhorias no nível de emprego, ambos responderam positivamente, mas ainda são os que estão em níveis mais baixos", assinalou o dirigente sindical.