GRAMADO – A construção da creche Julita no bairro Piratini licitada em 2014 foi interrompida em 2016. A obra deveria ser integralmente executada pela empresa MVC Componentes Plásticos, que faliu e abandonou diversas obras de creches pelo Brasil. De lá para cá, a obra, que ficou totalmente paralisada, teve parte da sua estrutura comprometida, vidros quebrados e outros materiais roubados.
A equipe técnica da Secretaria de Governança e Desenvolvimento Integrado (SEGOV) elaborou uma solução construtiva aplicada na construção da creche do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).
“Através de aprovação de um projeto minuciosamente detalhado, foi possível a alteração da metodologia construtiva proveniente do FNDE (padrão para todo o Brasil). A solução adotada pela equipe técnica foi o revestimento dos vãos de fechamentos com placas cimentíceas, dentre outros detalhes importantes para finalização da obra”, explicaram a arquiteta Débora Dall’ Agnol e o engenheiro Henrique Brighenti da SEGOV.
Segundo eles, a Prefeitura tem sido procurada por outros municípios brasileiros, seguindo recomendação técnica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) como exemplo de resolução para o problema de obra paralisada.
“A solução proposta foi pioneira no Brasil, uma vez que as cidades vinham adotando apenas a recuperação dos painéis e estrutura, solução não adotada em Gramado, já que os painéis apresentaram diversas patologias e não se tratavam de material adequado ao nosso clima”, destacou a arquiteta.
Na solução foi comprovado que no período em que a obra estava paralisada, os painéis não resistiram à umidade e o material inovador proveniente de projeto do FNDE era de difícil aquisição (exclusivamente produzido e comercializado pela empresa MVC Componentes Plásticos). Uma licitação definiu a nova empresa para concluir o serviço, que deve ser entregue até o final deste ano.