NOVA PETRÓPOLIS – O A Grito Pela’o Tradiciones Ticas, grupo da Costa Rica que participa pela primeira vez do Festival Internacional de Folclore, evidenciou a inclusão no Palco da Diversidade. O grupo costa-riquenho se apresenta com dois integrantes com baixa visão, que tocam instrumentos musicais, dançam e cantam nas apresentações no 47º Festival Internacional de Folclore de Nova Petrópolis.
Roberto Echeverri Castillo, de 56 anos, ficou parcialmente cego há sete anos em decorrência de uma retinopatia diabética. Para Castillo, que visita o Brasil pela primeira vez, sua condição de baixa visão não o impede de se apresentar com seus conterrâneos. “Mesmo sendo parcialmente cego, consegui chegar ao Brasil e estou representando meu país ao me apresentar com o A Grito Pela’o no Festival Internacional de Folclore. Não preciso enxergar bem para sentir o calor desse festival, a música e, o mais importante, as pessoas”, enfatizou Castillo, que toca quijada de burro, um instrumento de percussão feito com o crânio de um burro e faz um número de dança no Palco da Diversidade.
Assim como Castillo, o professor de música Randall Jiménez, de 40 anos, também é parcialmente cego e se apresenta com o A Grito Pela’o Tradiciones Ticas há dois anos. Jiménez, que é o vocalista do grupo, elogiou a receptividade e a organização do Festival Internacional de Folclore. “Fomos muito bem recebidos aqui em Nova Petrópolis. Fiquei impressionado com a organização da cidade e do festival. Estou vivendo uma ótima experiência e gostaria de retornar a este festival”, ressaltou Jiménez.
O 47º Festival Internacional de Folclore prossegue até 4 de agosto de 2019, em Nova Petrópolis.
Fotos: Mauro Stoffel/Divulgação