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Campanha de vacinação contra febre aftosa termina no dia 31

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Segue até 31 de maio em todo o Rio Grande do Sul a primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. A expectativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) é de que sejam imunizados 12,5 milhões de bovinos e búfalos, com meta de atingir cobertura vacinal superior a 90%. Em Caxias do Sul, segundo a veterinária da Inspetoria Estadual, Luiza Virgínia Caon, o rebanho a ser vacinado é de 44 mil cabeças, predominantemente de bovinos. Búfalos não chegam a 200 cabeças.

Por ser um produto biológico, a vacina não deixa resíduos na carne ou no leite. Desta forma, não há necessidade de carência. O cuidado necessário é quanto ao trânsito destes animais. Os que estão recebendo a primeira dose devem aguardar 15 dias para sair da propriedade; para os de segunda dose, a espera é de sete dias; da terceira dose em diante não há mais limite de dias para comercialização.

Em todos os casos o comprador deve exigir a guia de Trânsito Animal, que atesta a sanidade do rebanho de origem. “O custo benefício é extremamente compensatório, contribuindo para mantermos o estado livre da doença. Além de colocar toda a cadeia produtiva em risco, deixar de vacinar pode gerar multa por animal de quase R$ 1,2 mil”, alertou.

Conforme o Departamento de Defesa Agropecuária da Seapdr, este ano a vacina contra a febre aftosa sofreu alterações na sua formulação, com redução na dosagem de aplicação, de cinco para dois ml, passando a ser bivalente, com proteção contra os vírus tipo A e O (removido tipo C). A composição também foi modificada com intuito de diminuir os nódulos.

Os produtores devem comprar as doses necessárias para a vacinação de todo o seu rebanho em casas agropecuárias credenciadas pela Seapdr. Em seguida, comprovar a vacinação com apresentação da nota fiscal e declaração do quantitativo de animais vacinados, nas inspetorias ou nos escritórios de Defesa Agropecuária. O prazo máximo para a comprovação da vacinação é de cinco dias úteis após o término da etapa. Os que não comprovarem serão autuados e terão a propriedade interditada até a regularização dos procedimentos.

 

Em busca da certificação

 

Na primeira etapa da vacina contra a febre aftosa, todos os animais, independentemente da idade, têm que ser vacinados. Na segunda dose, aplicada em novembro, somente os animais de até 24 meses. Em 2018, o Rio Grande do Sul alcançou 97% de cobertura. No entanto, os órgãos sanitários trabalham para que o estado seja reconhecido como território livre da febre aftosa, sem a necessidade de vacinação. “Somos um estado livre da doença, mas com vacinação ativa como ferramenta de controle. Já fizemos o pedido junto ao Ministério da Agricultura. Santa Catarina é, por enquanto, o único estado a deter este título”, salientou a veterinária Luiza Virgínia Caon.

A obtenção desta condição proporcionará ao estado uma melhoria em seu status sanitário, resultando em ganhos mercadológicos. Tanto na exportação de carne bovina, mas principalmente na suína, hoje o quarto produto primário mais vendido no exterior. “Só não é mais pelo fato de os países importadores darem preferência à compra de carne de regiões livres de aftosa sem vacinação. Os produtores de suínos sofrem de forma indireta. Por isso, precisamos obter o melhor índice vacinal possível”, frisou.

A febre aftosa é uma doença viral, contagiosa e de rápida disseminação, com impactos econômicos e sociais nos locais onde ocorre. Além de bovinos e búfalos de todas as idades, também pode infectar outros animais de casco bipartidos, como caprinos, ovinos e suínos. Mas, no Brasil, segundo a veterinária Luiza Virgínia Caon, não há necessidade de vacinação destes animais. Os últimos focos da doença no estado ocorreram nos anos 2000 e 2001, quando acarretaram graves prejuízos econômicos, como o sacrifício e abate sanitário de aproximadamente 29 mil animais e gastos de U$$ 25 milhões em custos diretos.

 

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