CANELA – A Câmara de Vereadores foi palco de um episódio de tensão na terça-feira (25), quando o vereador Joãozinho Silveira (MDB) foi detido e posteriormente preso em flagrante pela Polícia Civil (PC). Ele está sob custódia na Delegacia de Pronto Atendimento de Gramado (DPPA). A audiência de custódia está prevista para ocorrer nesta quinta-feira (26) e será determinante para o futuro do parlamentar, podendo resultar na manutenção para prisão preventiva ou na concessão de liberdade provisória.
Desvio de materiais
A ação policial realizada pela Delegacia de Polícia de Canela também teve desdobramentos em uma propriedade rural na localidade de Canastra Alta, interior do município. No local, foram apreendidos materiais de construção que deveriam ter sido destinados a uma família carente da cidade no ano passado.
Segundo as investigações, os itens teriam sido desviados para benefício do então servidor público municipal, que ocupava o cargo de secretário adjunto da Assistência Social e de coordenador da Defesa Civil, paralelamente. Atualmente, João ocupa o cargo de vereador.
As investigações preliminares apontam a possibilidade de que os materiais tenham sido recebidos por Joãozinho, inclusive com falsificações de documentos, tratando-se de um “kit casa” avaliado em cerca de R$ 23 mil. Os materiais foram apreendidos e entregues à Prefeitura de Canela até a conclusão do inquérito. Joãozinho Silveira foi preso em flagrante por receptação qualificada e encaminhado ao sistema prisional.
O que disse a defesa?
“A defesa do vereador João informa que foi constituída, ainda na manhã de hoje [quarta-feira], pela família. Tivemos acesso ao processo e também, conversamos com o Vereador que permanece custodiado na Delegacia de Pronto Atendimento de Gramado, aguardando a realização da audiência de custódia, agendada para amanhã [quinta-feira] às 13h50. A defesa informa ainda que está finalizando pedido de liberdade provisória, por entender que nenhum dos requisitos necessários para a prisão estão presentes no referido processo, sendo necessário a instrução processual para delimitar responsabilidades reais no presente caso”.












