GRAMADO – O desfile a cavalo encerrou às festividades da Semana Farroupilha com chave de ouro. Mais de 70 cavalarianos participaram da jornada que saiu do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Manotaço, no Mato Queimado, passou pela Borges de Medeiros e recolheu a Chama Crioula no Lago Joaquina Rita Bier, retornando para o CTG.
O desfile foi acompanhado por diversos turistas e moradores que puderam, anteriormente, prestigiar a apresentação da invernada artística do Manotaço em frente ao Palácio dos Festivais. Abrilhantando as ruas, os cavaleiros empunhavam as bandeiras do Rio Grande do Sul, Gramado e Brasil à meio mastro em homenagem às vítimas das enchentes no Estado.
O patrão do Manotaço, Fernando Gusen, falou sobre a realização do desfile e a demonstração de solidariedade às cidades afetadas. “É o ponto mais alto da Semana Farroupilha. Dia 20 é a data máxima para o calendário gaúcho e o desfile tradicionalmente acontece nesta data. Fizemos também em forma de solidariedade e em homenagem ao que perdemos, especialmente no início do mês com as enchentes, que destruíram muitas cidades. A bandeira desfilou em meio mastro em homenagem às vítimas”, descreveu.
O capataz da Campeira, Benno Franck, completou destacando a força da união e do tradicionalismo. “O clima colaborou, tivemos mais de 70 cavalos desfilando. Fomos para representar e para fazer um desfile bonito, ter as crianças e as famílias junto, e é isso que aconteceu. A campeira vem numa crescente enorme. A união e o tradicionalismo prevaleceram”, finalizou.
Saldo positivo
Gusen avaliou positivamente a realização da Semana Farroupilha, destacando a programação artística e cultural, além das exposições itinerantes no Museu Hugo Daros e na Praça e Museu Major Nicoletti.
“A avaliação é muito positiva. Com todas as pessoas que temos conversado recebemos elogios. A programação artística foi intensa, a musical recebeu muito público, inclusive de turistas, já á cultural foi um destaque a parte, muito boa, envolvemos palestras voltadas ao tema ‘Centenário da Revolução de 23’, exposição de guasquearia, a arte de couro, de erva mate, indumentárias gaúchas, atividades na Várzea Grande. Tivemos uma programação completa”, observou.
O tradicionalista finalizou engrandecendo o evento e frisou que saiu conforme o planejado, respeitando o certame cultural. “Tivemos confraternizações que atenderam bem o que pensamos para o evento. Não é somente bailes, bailes e bailes. Temos toda uma questão cultural que é de humanidade, fraternidade. São essas integrações que trazem o diferencial. Tivemos isto no CTG e no Galpão da Hospitalidade, da Várzea Grande”, sublinhou.
A Chama Crioula foi extinta às 00h finalizando oficialmente o evento tradicionalista, no CTG Manotaço.
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