Por Leonardo Santos – [email protected]
CANELA – Os funcionários da empresa Coima Construtora de Infraestrutura e Meio Ambiente retomaram as obras na rua Felisberto Soares, na segunda-feira (13) e finalizaram a construção do cordão. Eles não haviam comparecido na semana passada para trabalhar, justificando que o clima prejudicava o andamento da intervenção. O início da repavimentação da via, que será feita pela Aura Construção e Pavimentações Eireli, deve ocorrer até o final de junho.
A Prefeitura de Canela notificou a Coima em duas oportunidades: a primeira ocorreu dia 10 e a segunda no dia 14. A obra completou um ano em execução na quinta (9) e tem gerado reclamações da comunidade canelense pelos transtornos causados, tanto para empresários quanto funcionários. A via é o “tapete vermelho” para o principal ponto turístico da região: a Catedral de Pedra. A intervenção tinha prazo para estar finalizada até o dia 31 de dezembro, com orçamento reservado de R$ 426.194,30.
Pavimentação dependia da finalização do meio fio
Os operários finalizaram o cordão até a esquina com a Borges de Medeiros na quarta (15). A próxima etapa é finalizar cerca de 40 metros de calçada, para que a outra empresa possa iniciar a repavimentação da via até o final do mês. A nova fase dependia da finalização do meio fio e do processo licitatório, que já ‘andou’ na Prefeitura.
Nos corredores do Paço Municipal, acredita-se que a empresa irá finalizar a calçada de acordo com o que está no contrato. A rescisão com a Coima é uma hipótese, caso o clima seja favorável e os funcionários não apareçam para trabalhar como na semana passada. Mas, isto está sendo tratado como última opção, por conta do tempo que o lançamento de um novo processo licitatório requer, que é de, no mínimo, dois meses.
O projeto, que abrange o trecho entre a Borges de Medeiros e a Dona Carlinda, conforme o anúncio no dia 9 de junho de 2021, compreende a extinção das vagas de estacionamento, alargamento dos passeios públicos e a construção de cinco áreas de convivência.
Contrato abrangia também obras em volta da Catedral
O contrato que faz a execução na Felisberto é o mesmo que compreendia as obras em torno da Catedral de Pedra. A empresa que realizou as intervenções na Igreja se retirou das obras, e a Coima, que ficou em segundo lugar na licitação, assumiu, iniciando as obras na via.
Empresários sofreram com 90% de redução no fluxo de pessoas
Os estabelecimentos que ficam na extensão da Felisberto, onde as obras estão sendo realizadas, contabilizaram uma redução de até 90% no movimento de pessoas. Conforme o presidente da Associação Comercial e Industrial de Canela (ACIC), Lucas Dias, o registro foi feito durante as festividades de Páscoa.
“Reconhecemos o mérito da intenção da obra em qualificar o local. O problema está na execução, pois a demora já está impactando no comércio, com redução do fluxo turístico e consequentemente diminuição das vendas, da geração de renda das empresas e de impostos para o poder público.Esse impacto no comércio nos foi relatado diretamente pelos empresários, pois visitamos cada empresa daquele trecho, e algumas relataram que, na Páscoa, onde se tem um fluxo de alta temporada, chegaram a ter até 90% de redução. Mas também tem outros pontos, como a falta de sinalização, de capricho e cuidado com os acabamentos e materiais, pouca comunicação, entre outros”, comentou.
Dias observa que a obra enfrenta o reflexo da falta de planejamento. Ele deu um exemplo, citando a fiação elétrica que, em breve, terá que ser passada para o subterrâneo. “Com certeza (faltou planeamento), tanto na estimativa do prazo como na própria concepção do projeto, pois alertamos ainda no início da obra que seria importante já deixar a espera de uma rede de iluminação subterrânea, de mais vagas de estacionamento de serviços por exemplo. E pela quantidade de aditivos ao contrato fica comprovado essa falha no planejamento”, finalizou.













