GRAMADO – “Acima de tudo, um grande ato social”. Assim definiu o secretário interino de Cidadania e Assistência Social, Ilton Gomes, com o novo serviço da Família Acolhedora. Este novo mecanismo, está vinculado a Serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, da Secretaria de Cidadania e Assistência Social e foi sancionado recentemente pelo prefeito Nestor Tissot.
O objetivo da Família Acolhedora é possibilitar o cuidado temporário em casas de famílias acolhedoras, para crianças, adolescentes ou grupo de irmãos que, no momento, não podem permanecer na sua família de origem. A criança ou adolescente e sua família de origem serão acompanhados por assistente social, psicólogo do serviço, entre outros serviços.
O serviço ainda está em fase de implantação e conhecimento por parte de quem colocará em prática que são as equipes da Assistência Social, vinculadas ao Abrigo Municipal.
A assistente Social Ana Cláudia Piassa, explicou que neste momento a equipe que está conduzindo o projeto está em fase de conhecer os detalhes, inclusive de conhecer na prática em outros municípios, como em Caxias do Sul que deve ocorrer nesta sexta-feira (11), onde irão participar de uma capacitação.
“Estamos seguindo um cronograma de investimentos com capacitação da equipe e divulgação. Já estamos realizando alguns cadastros de famílias interessadas que devem seguir um perfil, tem todo um processo criterioso que é adotado, que no final quem vai dar o aval e certificar é a justiça”, explicou.
A previsão para iniciar na prática o acolhimento está previsto para fevereiro e a família responsável em abrigar temporariamente a criança ou adolescente receberá um auxílio mensal.
As famílias que se interessar, irão acolher uma das 22 crianças e adolescentes que estão atualmente sendo assistidas no Abrigo Municipal. A idade será entre 0 a 18 anos e o prazo máximo de acolhimento será de 18 meses, podendo se estender.
“Se não há perspectiva de retornar a família de origem a pessoa acolhida permanece. Sempre destacando que não é adoção, os familiares da criança e adolescente seguem com o vínculo. Este programa possibilita um cuidado mais individualizado é um período provisório com o objetivo de retornar para a família de origem”, explicou Ana Cláudia.

Projeção
Gomes projetou que o Família Acolhedora assim que for colocado em prática poderá proporcionar também um melhor atendimento dentro do Abrigo Municipal, para quem permanecer como assistido e os acolhidos poderão ter uma oportunidade de vida melhor.
“Para nós é uma ferramenta [Família Acolhedora] humana, acréscimo importante para a própria funcionalidade do Abrigo e se nós conseguir concretizar estes acolhimentos enobrece o trabalho de toda a equipe. É um sonho sendo realizado, trabalhar com pessoas é desafiador, diariamente estamos buscando novas alternativas para o bem-estar das famílias. Olhar com responsabilidade que estes jovens serão os políticos e profissionais do amanhã”, descreveu. Mais informações sobre o Família Acolhedora por meio do telefone (54) 3286.0791.
Projeto Apadrinhar Canela
Em Canela, um projeto semelhante é denominado de Apadrinhar. O apadrinhamento mantém vínculos entre crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social com cidadãos e famílias da comunidade, uma iniciativa do Ministério Público, por meio do promotor de justiça Max Guazzelli, em parceria com a Prefeitura de Canela.
O Termo de Cooperação entre os poderes Judiciário e Executivo para implementação do projeto no município foi assinado em outubro, no gabinete do prefeito Constantino Orsolin, com a presença do promotor Max Guazzelli e da juíza da 2ª Comarca de Canela, Simone Chalela, que é responsável pelas áreas da Família, Infância e Juventude. Mais detalhes sobre este projeto pode ser conferido na próxima edição do Jornal Integração.
Texto e fotos: Tiago Manique – [email protected]