CANELA – A Justiça decidiu manter a prisão preventiva do vereador, João Silveira (MDB). A decisão foi proferida pelo juiz Dr. Vancarlo Anacleto na tarde desta segunda-feira (31) e reforça os elementos que justificam a custódia do parlamentar, ressaltando a gravidade dos fatos e a necessidade de garantir a ordem pública.
O vereador foi preso, na terça-feira(25), após a polícia encontrar em seu sítio diversos materiais de construção que deveriam ser utilizados na construção de moradias populares. Entre os itens apreendidos estavam palanques de madeira, tábuas de assoalho e forro, telhas, brita, areia, tijolos, cimento, cal e lona. João Silveira alegou que armazenava os materiais em sua propriedade devido à falta de um local adequado no município. No entanto, testemunhas – muitos deles servidores públicos – desmentiram essa versão, afirmando que a Prefeitura possui locais próprios para o armazenamento desses materiais.
Segundo a decisão judicial, os indícios apontam que o crime foi praticado com o uso da função pública do vereador, em prejuízo não só do Erário, mas principalmente de pessoas carentes da cidade. O juiz destacou que o caso ocorreu em um contexto político sensível, logo após diversas operações policiais contra agentes públicos na região. Além disso, ressaltou que a soltura do vereador poderia comprometer a coleta de provas e influenciar testemunhas, visto que ele possui influência na cidade.
A defesa de João Silveira pediu a revogação da prisão, alegando falta de requisitos que justificassem a medida. No entanto, o pedido foi negado pelo magistrado, que reafirmou a necessidade da prisão preventiva para evitar possíveis interferências nas investigações. O juiz ainda fundamentou sua decisão na possibilidade de reiteração delitiva e no risco de obstrução do processo.
Dessa forma, João Silveira permanecerá detido em Caxias do Sul até nova avaliação judicial, enquanto o caso segue em fase de investigação.












