Meu compadre e ex-funcionário que hoje em dia é concorrente na parte digital, espalhou esta montagem aí, tentando difamar o Jornal Integração. Ora, eu achei legal. O bom jornalista tem de saber ser esses dois aí, na hora certa. E, fundamentalmente, ter independência, isenção e equilíbrio para fazer essa dosagem corretamente, ser o leão ou o gato.
Quanto ao fato em si, tratando-se da Operação Caritas, não tenho nenhuma necessidade de puxar o saco do delegado. Não sou daqueles que lhe leva trofeuzinho. O trato como profissional, bem pago pela comunidade, apenas. Aliás, tenho sérias reservas em relação a referida investigação. Temo que o inquérito se torne imprestável, eis que eivado de vícios.
Até de “vazajato” já é apelidado, pois ainda em setembro o referido compadre já sabia que seriam três do Executivo a serem denunciados. Ou seja, a amizade misturada com trabalho pode por tudo a perder. Assim, a seletividade do delegado que lidera a investigação saltou aos olhos desde o primeiro momento.
Chamou este jornalista aí (o compadre) no dia da ação (08/11/2021) e depois respondeu que fez isso para privilegiar “os mais presentes”. Andar de bicicleta juntos não quer dizer quase nada em termos profissionais, delegado.
Em seguida, no mesmo dia, na coletiva de imprensa (também conhecida na cidade como teatrinho), o delegado inicia sua fala destacando que não há servidor concursado investigado e apresenta 40 nomes de pessoas, a grande maioria com vida/conduta ilibada, para serem trucidados pela opinião pública como se integrassem uma quadrilha de ladrões do dinheiro público, enfatizando que todos são CC’s.
Disse que iniciou a investigação em abril e na entrega do inquérito precário, semana passada, já em janeiro de 2022, ninguém foi indiciado. Para completar, no referido precário inquérito, cita mais duas pessoas a serem de ora em diante investigadas, uma já afastada desde 8 de novembro e mais um novo, de outra Secretaria.
Também chama atenção que as Secretarias investigadas são aquelas que dão vida econômica ao município, como a de Obras, Turismo e agora Meio Ambiente. Assim, com o inquérito inacabado, sem previsão e sem um foco determinado, teme-se pela engrenagem econômica que vai afetar exatamente os mais pobres que perigam perder suas rendas (acho que não preciso desenhar).
Até porque os equipamentos e documentos apreendidos ainda em novembro, até agora não foram devolvidos. Em tempo, ao que investiguei, la no setor de licitação, do ano de 2021, só tinha um CC. Mas o delegado diz que tem fraude em licitação e que são só CC’s os envolvidos.
Falar em prender corruptos dá boa adesão popular, mas taxar alguém inocente ou despropositadamente gera mal irreparável aos afetados. Isso que eu espero que o delegado considere, acima dos holofotes, os cidadãos e a cidade. Puna-se os culpados e aos demais concede paz e liberdade.
Texto: Cláudio Scherer – [email protected].











