GRAMADO – Custo de manutenção, possibilidade de utilização do campo diariamente e o clima em muitas oportunidades chuvoso, foram as justificativas para que o Centro Esportivo Gramadense (CEG), optasse pelo gramado sintético na Arena Gramadense que está em fase de execução.
A direção do clube reuniu a imprensa na manhã de quarta-feira (1º), e fez o anúncio oficial da colocação da grama sintética, o que já havia sido noticiado pelo Jornal Integração em reportagem no dia 9 de junho.
O presidente do clube Sandro Bazzan, e representantes da empresa ProGrass, apresentaram informações técnicas sobre o gramado sintético que será utilizado no novo estádio do clube, que está em construção.
A empresa já atendeu e continua prestando serviços para clubes brasileiros como Flamengo, Palmeiras, Santos e Sport, com gramados sintéticos em centros de treinamento e demais espaços dos clubes.
O gramado que será instalado no novo estádio será o primeiro da empresa com dimensões oficiais de um campo de futebol no estado do Rio Grande do Sul e contará com materiais vindos de outros países: Emirados Árabes, Estados Unidos e Alemanha. O custo da obra, segundo Bazzan gira em torno de R$ 1 milhão e deve iniciar a colocação do material no primeiro trimestre de 2024, com período de conclusão entre 60 a 90 dias.
Conforme o diretor da empresa, Felipe Corrêa, o material que será colocado irá possuir características múltiplas, após a varredura de instalação e utilização, proporcionará maciez e coloração permanente. Financeiramente, a melhor relação custo e benefício. Os fios receberão um tratamento exclusivo na textura para reflexão dos raios solares e redução da temperatura do gramado.
O preenchimento será com misto de material orgânico, não tóxico, com 60% de grânulos de borracha na cor verde e 40% de material orgânico feitos com fibras de cascas e materiais 100% ecológicos de reflorestamento e passados por processo de pasteurização e sem aditivos químicos, trazendo como benefício a redução de 30% do calor do campo e eliminando impurezas.
Questionado sobre riscos de lesões nos atletas em virtude de ser gramado sintético, como é citado por muitos clubes, caso do São José de Porto Alegre no Passo D’Areia e a Arena da Baixada do Athlético-PR.
Correa mencionou que em muitos casos depende muito do material e qualidade do gramado exemplificou casos como do Allianz Parque do Palmeiras e Arena Corinthians.
Já Sandro Bazzan explicou os motivos de optar pela grama sintética. “Essa decisão de colocar gramado sintético foi planejada a partir de muitas discussões entre a diretoria do clube e departamento de futebol. Nossa intenção em ter o novo estádio, é ter um espaço onde possamos utilizar 7 dias por semana e 24h por dia. Para isso, precisamos entender que estamos localizados em uma região com um clima muito característico, com períodos de chuvas intensas, como foram os últimos meses, onde nenhum gramado natural aguenta a carga de jogos”, afirmou.

Bazzan ainda salientou que com o gramado sintético, o estádio poderá ser utilizado por todas as categorias do clube. “Queremos ter um espaço onde todas as categorias possam jogar, seja a profissional ou a base. Também poderemos utilizar o estádio para outros eventos, sem atrapalhar em nada a agenda e organização do departamento de futebol”, pontuou.
Sobre a utilização da Arena Gramadense para jogos no ano que vem, o presidente foi cauteloso. “Não é somente o campo estar pronto, tem muitas liberações que precisamos, tem que estar tudo completo, tem que ter garantia de segurança para quem vai jogar e assistir. Pode ser no segundo semestre, mas prazo efetivamente não podemos definir”, finalizou.
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