CANELA – 27 dias após a imprudência no trânsito que destruiu a cabana em que trabalhavam, no Largo Benito Urbani, a proprietária Taís Becker e a sócia Cristiane Campo puderam voltar às atividades no dia 17 de julho. Aliviadas, felizes e prestes a completar um mês da volta ao trabalho, as artesãs relataram o momento difícil que passaram e comemoraram o apoio que tiveram da comunidade e Associação Canelense de Artesãos. O acidente, no dia 21 de junho, ocorreu após o motorista de uma Fiat Toro não obedecer a placa de ‘pare’, na esquina da rua Serafim Dias com a rua Baden Powell, e colidir contra um Kia Soul que, posteriormente, acabou invadindo o recuo e destruindo a casinha.

“O desespero, angústia e a tristeza tomaram conta de nós. Não podíamos acreditar no que tinha acontecido. Graças a Deus fomos acolhidas pela Associação, tivemos apoio de todos os lados. Conforme a casinha foi sendo construída, parte por parte, a fé e a esperança foram tomando conta. Ficamos quase um mês paradas. Estamos aí, felizes, tudo saiu bem, trabalhando demais e nós preparando para a temporada. Temos um sentimento de alívio em saber que tudo passou, foi um susto. Bola pra frente”, expressou Cristiane.

De acordo com Taís a seguradora do automóvel de um dos envolvidos no acidente cobriu os gastos para a construção de uma nova casinha.
“Os dias foram passando e nós cada vez mais apreensivas, sem saber como seria, quando voltaríamos e se voltaríamos. No tempo certo tudo voltou ao normal. A sensação é de alívio, é muito bom poder voltar a comercializar nossos produtos e acreditar que, com fé, esperança e apoio, dias melhores sempre voltam. Gratidão resume o que estou sentindo”, disse ela.
O espaço 13, no Largo Benito Urbani, local conhecido pelo comércio de artesanato, é ocupado por Taís há mais de 20 anos e comercializa bonecas de pano, mosaicos e lembranças.
No dia da ocorrência, as artesãs relataram a reportagem que já presenciaram diversos acidentes próximos ao local e pediram ao Poder Público que dê atenção ao trânsito na rua Serafim Dias e proximidades, afim de evitar outras adversidades. “Este estacionamento em frente as casinhas é mão única e os motoristas passam na contramão e em alta velocidade. Talvez teria que melhorar com placas ou com alguma sinalização no chão. Já no trecho atrás da sorveteria Pascana, seria bom colocar um redutor de velocidade. Eles vem por ali, entram ‘a mil’ na ruazinha e não param”, sugeriu a presidente da Associação Canelense de Artesãos, Juliana Graziola.
Entenda o caso
Uma imprudência no trânsito causou a destruição de uma das casinhas coloridas e danificações em outras duas no Largo Benito Urbani, rua Serafim Dias, na madrugada do dia 21 de junho. Conforme relatado a Brigada Militar, o motorista de uma Fiat Toro não obedeceu a placa de ‘pare’, na esquina da rua Serafim Dias com a rua Baden Powell, e acabou colidindo contra um Kia Soul que, posteriormente, acabou invadindo o recuo e destruindo a casinha. Na ocasião, os condutores não se feriram e também não apresentaram sinais de embriaguez

A reportagem do Jornal Integração esteve no local, na manhã do dia 21 de junho e conversou com a proprietária Taís Becker e com a sócia, Cristiane Campo, que trabalha na casinha junto com o filho. Elas contaram que ficaram sabendo do acidente por volta das 8h da manhã, quando chegaram ao local para trabalhar. “Parecia um filme de terror. É inacreditável, é assustador. Ficamos sem entender, quando vimos as fotos do acidente começamos a entender, mas dai ficamos pensando: como?. Graças a Deus que não foi durante o dia que é quando estamos aqui, poderia ter sido eu, poderia ter sido meu filho ou turistas”, destacou Cristiane.
Taís relatou que a cabana ficou aberta durante a madrugada, após o acidente, e expressou sua tristeza com ocorrido, mas comemorou que ninguém havia se ferido. “Ninguém nos comunicou, ficou assim, aberto a noite toda. Encontramos mercadorias quebradas. Não conferimos se está faltando algo ainda. Achamos que tinha sido vandalismo. Fiquei muito triste, mas estou aliviada por saber que ninguém se machucou. Eu não acreditava que era a minha”, lamentou.












