InícioGeralGramado e CanelaAgroindústria canelense é premiada pelo melhor doce de leite do RS

Agroindústria canelense é premiada pelo melhor doce de leite do RS

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CANELA – O melhor doce de leite do Rio Grande do Sul é da Linha São João. Produzido e comercializado pela Queijaria Alvorada Missioneira o produto ganhou o ouro no 1º Concurso Estadual de Doce de Leite, promovidopela Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL). O doce de leite premiado é produzido na agroindústria do casal Vanderlei Kaefer e Alessandra Valimhá cerca de nove anos e pela primeira vez participa de uma competição. A Alvorada Missioneira já havia ganho o título de melhor queijo do Brasil, em 2018, na categoria Queijo Serrano.

A reportagem do Jornal Integração visitou a localidade e acompanhouo trabalho do casalproprietário da queijaria que produz, além doce de leite, 12 tipos de queijos, requeijão, nata, manteiga, iogurte natural e leite integral. Durante a entrevista, Kaefer explicou como funcionou o concurso,projetou o aumento das vendas após a premiaçãoe revelou um pouco sobre o preparo.

Leonardo Santos/JIH

“Mandamos uma amostra para Porto Alegre e 15 jurados avaliaram. Cada um deles recebeu um potinho numerado. O jurado não recebe o rótulo, é às cegas. Pontuamos mais que 9,5 no concurso. Levamos pela primeira vez e já ganhamos. Vendemos muito bem este doce de leite na nossa mercearia e agora com o prêmio, então”, programa Vanderlei.

A fórmula do doce premiado leva 100 litros de leite e 20 quilos de açúcar e a mistura é feita dentro de uma panela de pressão, de 150 litros, com um mexedor acoplado, por cerca de quatro horas. Por semana, 120 vidros são produzidos para serem comercializados. O leite utilizado para a produção é oriundo de uma fazenda parceira, em Taquara, onde as vacas recebem o acompanhamento de um veterinário que cuida da sanidade das vacas.

Queijos e criação da mercearia

A agroindústria familiar completou nove anos em março e já havia participado em premiações com os queijos Yamandu e Chancliche, faturando o 1º e 3º lugares, respectivamente, em 2018, no Prêmio Queijo Brasil. Há um ano, o casal decidiu abrir uma mercearia e expandir o negócio. A agroindústria, que antes era formada de funcionários apenas da família, acabou contratando mais pessoas por conta da demanda e o processamento, que era de 300 litros por dia, saltou para mil. “Após a premiação dos queijos, praticamente, triplicamos este número”, contou ele.

A rotina do casal é de muito trabalho desde cedo. Conforme Kaefer, o dia começa às 5h30 e a primeira coisa a ser feita é a passagem do leite do resfriador para o aquecedor e o mate amargo é companhia certa para o início dos trabalhos. “A partir dali a gente não para. Neste meio tempo já vou para a mercearia e fico até as 18h. Desde cedo tem que estar ligado no serviço. Temos que trabalhar com o que a gente gosta, se fizermos o que não gostamos a vida não tem sentido”, expressou.

Dependendo do queijo, cerca de oito meses de maturação são necessários, caso do parmesão. O Yamandu, que carrega o nome de um técnico de laticínios uruguaio e uma das principais criações da agroindústria, precisa de 60 dias de maturação até ser comercializado.

De acordo com Vanderlei, a necessidade de abrir uma mercearia surgiu porque os queijos, quando comprados por mercados para serem revendidos, não eram bem cuidados peloscompradores que deixavam o produto em más condições de consumo e apresentação. “Nós entregávamos nossos queijos e eles eram mal cuidados. Trabalhávamos 60 dias virando, lavando e fazendo todo o processo e eles nem viravam o queijo. De um lado ficava estufado e do outro ‘brancão’. Os queijos carregam o nosso rótulo em cima e não era mais a nossa marca ali em questão de qualidade. Pessoal vai ter que comprar nosso queijo e não ver este descaso. Hoje temos a mercearia e está dando tudo certo, apesar da pandemia. Estamos atingindo os objetivos que tínhamos”, destacou.

Para o futuro, Kaefer planeja expandir a loja e abrir um ponto no centro em busca de fidelizar turistas que visitam a região. Juntamente com a família, ele planeja aumentar a variedade de queijos. “Quando fizemos ela (a mercearia), era pra atender o público local. Penso em colocar mais algumas coisas neste ponto que temos e depois abrir uma loja no centro para conseguirmos focar no turista. Lentamente vamos começar a fazer queijos mais diferenciados, queijos finos, diferentes. Gostou do queijo da Alvorada? Vai encontrar na nossa loja. As pessoas vem mais por indicação, por exemplo, sai lá de São Paulo e vai passar aqui. Os turistas conhecem nossos queijos nos hotéis, nós servimos cafés da manhã em alguns”, relatou.

TEXTO Leonardo Santos – [email protected]

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