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Um hospital nível Gramado

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O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, apresentou à comunidade, ontem, em coletiva à imprensa, os novos donos do Hospital Arcanjo São Miguel (HASM). O Grupo Prolife S.A, negociou com a antiga dona, Associação Franciscana de Assistência à Saúde (SEFAS), de Santa Maria, e assinou o contrato de compra segunda-feira (9), e em seguida comunicou o município de Gramado, que atualmente faz a gestão da casa de saúde através de intervenção. O novo dono pretende assumir a gestão após o atual ciclo de intervenção que vence em janeiro de 2022. Logo, se o município, leia-se, Prefeitura, entender que o novo grupo reúne as condições de tocar o São Miguel, levanta a intervenção.

Propriedade

É importante a comunidade entender que o São Miguel é de propriedade privada, portanto as antigas donas não precisam autorização de ninguém para efetuar a venda. Como foi doado pela comunidade de Gramado antigamente, o que pode ser questionado é a moral, mas legalmente elas não precisam dar explicações.

Atendimento

O que a comunidade deve entender é que o atendimento não muda de acordo com o dono. A responsabilidade em prestar o atendimento à saúde é do Município (Prefeitura), logo, se o atendimento não satisfazer, toma as medidas necessárias, como foi em fevereiro de 2016 quando fez a intervenção e passou a cuidar da gestão. A Prefeitura cuidou bem do São Miguel durante estes quase seis anos, mas não é o dono, então, investimentos maiores não poderiam acontecer enquanto não aparecesse um dono interessado no negócio. E as Irmãs da SEFAS não tinham mais interesse pelo São Miguel.

Explicação Moral

As irmãs, não a Sefas, mas a gestora anterior, Sagrado Coração de Maria, receberam o complexo em doação da comunidade de Gramado, agora, por este entendimento moral, deveriam devolve-lo e então permitir à Prefeitura encaminhar a venda ou o repasse à iniciativa privada. Mas elas não entenderam assim e negociaram elas mesmas com o comprador. Nem mesmo o valor da transmissão de propriedade foi revelado. Na coletiva de ontem criei uma oportunidade para a SEFAS falar um pouco mais sobre isso. As irmãs entendem, no entanto, dito pelo seu representante, Rogério Carvalho, que investiram no projeto durante o período e cumpriram sua obrigação, não devendo explicações desta ordem à comunidade gramadense. Assim, a nós comunidade, vereadores, Conselho e Saúde, compete fiscalizar o bom funcionamento.

Não é filantrópico

É fácil fazer confusão com essa palavra. Na real em termos práticos, a diferença entre ser ou não filantrópica é uma opção da empresa, que ao invés de pagar determinados impostos federais, presta algum serviço ao público. As universidades, por exemplo, oferecem como contrapartida bolsas de estudo a alunos que não tem condições de pagar. O novo dono do São Miguel vai abrir mão disso. O que não altera o atendimento pelo SUS. O que entendi é que o grupo empresarial vai explorar muito os serviços de saúde privada, ampliando convênios com planos de saúde muito além dos tradicionais locais como Unimed e Circulo, trazendo clientes do Brasil todo, com uma espécie de turismo de saúde, onde um membro da família faz seu tratamento e os demais passeiam e aproveitam a estrutura turística a lazer e descanso. Além do atendimento clínico, os novos prédios serão uma espécie de hospital hotel.

Investidores

O representante da SEFAS explicou que vários grupos procuraram, mas tiveram o cuidado de exigir que fosse um grupo com capacidade técnica e financeira para conduzir bem o projeto. Por isso optaram pelo Grupo Profile.
Falaram pelo grupo os empresários Cláudio Seferin e Daniel Coelho. Estes se mostraram muito seguros do entendimento da responsabilidade em assumir o São Miguel. Ambos tem know-How (conhecimento) na área médica e de gestão hospitalar.

Apresentação

Os próximos meses serão de adaptação e explicações das intenções do grupo para a região. Cláudio e Daniel se disponibilizaram a conversar com entidades e lideranças para todos os esclarecimentos e demonstração dos projetos para a região. E há tempo para esta aproximação, pois a transição se dará apenas em janeiro, com o término da intervenção municipal. “Embora seja da iniciativa privada, o hospital é da comunidade. Se a comunidade não abraça o hospital, não há sentido, o hospital sempre será da comunidade”, explicou Daniel Coelho. Ele destacou que o ato de ontem se limitava a anunciar o fato da compra e que de ora em diante será feita esta relação com a comunidade. Ele explicou que não anunciaram antes, pois sem assinar o contrato é apenas negociação e garantiu que até os funcionários serão mantidos, que estão assumindo para melhorar em todos os sentidos o São Miguel.

Projetos ousados

O sócio Cláudio Seferin descreveu ser um momento de emoção e alegria pela responsabilidade de assumir o projeto e de oferecer mais saúde para a região. “Nós estamos dizendo coisas que não são da boca para fora, mas de muita responsabilidade”, disse Cláudio e acrescentou: “E nós temos a pretensão de dizer que nós temos plena capacidade de oferecer mais saúde para a região”.
A intenção do grupo é construir um novo prédio para abrigar o hospital, em local mais retirado do centro e de fácil acesso. O mesmo grupo também vai levantar o hospital privado de Canela, ali próximo à divisa antes do Hotel Pampas, uma espécie de hospital hotel, ou hospital spa, enfim, para um público diferenciado com planos de saúde e/ou recurso para pagar sua internação e deixar os familiares próximos. O novo hospital de Gramado também terá estrutura semelhante, mas terá este a incumbência de atender a alta complexidade, se completando com o de Canela que terá os internos com tratamentos mais leves.

Prestar atenção

Todos fomos surpreendidos com a anunciação do negócio das irmãs. Parece repentino.
Também há algumas perguntas sem respostas que precisam ser melhor esclarecidas pelos novos donos. O CNPJ comprador foi constituído recentemente, em março passado. Trata-se de uma S.A, empresa de capital aberto (Sociedade Anônima), que tem, segundo investigado ainda ontem, apenas R$ 100 mil de capital social, embora na coletiva Daniel Coelho disse que um dos sócios dessa empresa teria R$ 1,5 bilhão de uma venda realizada recentemente e que os dois, ele e o Cláudio, venderam seu plano de saúde recentemente por R$ 70 milhões. Esta S.A seria a dona do projeto, e outra, a Seferin & Coelho, apenas dos dois, faria a gestão.
Os vereadores da oposição, PT e MDB, também fizeram questionamentos na coletiva e marcaram um encontro com a imprensa para hoje, às dez horas na Câmara. Em termos gerais, no entanto, não há motivos para preocupação, pois em caso de não cumprimento do estabelecido, certamente o município não levantaria a intervenção.

Convenções do PP

O Progressistas de Gramado deverá eleger o arquiteto Márcio Coracini o novo presidente da sigla. Jaime Schaumloffel quer se aposentar, mas o partido não deixa e conta com ele para vice, pelo menos. Ficará em boas mãos o partido.

Ciro Nogueira vem

A convenção gramadense, no próximo dia 21 (edital nesta edição) deverá se tornar um grande encontro de lideranças do partido. O presidente nacional do Progressistas e ministro-chefe da Casa Civil do Governo Bolsonaro, Ciro Nogueira, deve vir a Gramado participar. Também o senador Luiz Carlos Heize, pré-candidato a governador para a eleição de 2022, o presidente estadual da sigla, Celso Bernardi, deputados estaduais e federais. É a força de Gramado e das lideranças locais como Nestor e o Pedro Bala, de reconhecimento nacional dentro da sigla pelo que fazem aqui.

Convenção Canela

No mesmo dia também ocorrerá a convenção do partido em Canela. Neste município, porém, não está definido quem será o presidente sucessor de Erni Chäfer. O ex-secretário de turismo, candidato a vice-prefeito de Erni e na última eleição a vereador, empresário Leandro Oliveira se mostrou disponível em aceitar o desafio de renovar o partido na cidade. Progressistas que praticamente derreteu nos últimos cinco anos. Depois de perder a eleição com o Erni em 2016, que tentava suceder Cléo Port como prefeito, a coisa não andou bem. Até mesmo os dois vereadores eleitos naquela eleição saíram do partido e no pleito de 2020 sequer elegeu um. Oxigenar, mudar, renovar é preciso.

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