CANELA- Há pouco mais de um ano da chegada da pandemia, os atendimentos cresceram consideravelmente por parte da Associação Beneficente Amigos Solidários de Canela(Abasc). Muitas famílias ficaram sem empregos e a busca por roupas, alimentos, entre outras necessidades fizeram com que a entidade ampliasse a sua atuação.
A presidente da Abasc, Ana Nunes, esteve na manhã de terça-feira (27), no programa Manhã com Informação na Rádio Integração Digital e fez um panorama da atuação da entidade, criada há oito anos neste período.
Com a pandemia, os tradicionais eventos como almoços e jantares não puderam mais ocorrer. Estas iniciativas auxiliavam a entidade na busca por recursos para dar seguimento nas ações sociais. Este impeditivo, somado a crescente busca de ajuda, fez com que a Abasc buscasse ajuda de empresas, entidades e voluntários para não deixar muitas famílias desassistidas.
“São muitas demandas e pedidos de ajudas, chega a ser assustador.Às vezes nos sentimos impotentes, tínhamos sempre eventos para arrecadação como, leilão, jantares e almoços, mas com a pandemia não conseguimos”, disse.
Como forma de captar recursosa Abascestá realiza todas as segundas e sextas-feiras a tarde, no pátio do HCC, um Brechó Solidário com venda de roupas e utensílios domésticos. No entanto, muitas pessoas vão até o local necessitando de doações.
“Ficamos assustados com algumas situações de famílias. Atendemos uma mãe com uma bebêzinha de dois meses, com frio e já demos roupinhas e alimentos. Não paramos nunca. É um trabalho de formiguinha”, comentou Ana.
Para atender as necessidades de parte da população, uma grande logística é necessária e com isso, um exército de voluntárias da Abasc e outras pessoas que não são ligadas diretamente com a entidade auxiliam com recursos financeiros e doações. Por conta da pandemia, muitas que atuava ativamente tiveram que ficar isoladas, então uma comissão foi montada de cinco integrantes, para seguir atuando neste momento delicado.
“Algumas integrantes tiveram que ficar em casa, mas seguem ajudando, temos amigas que fazem roupas de bebê e blusas de inverno e para ir à rua montamos uma linha de frente de cinco pessoas para seguir atuando. Supermercados também são parceiros com doações e a comunidade que puder ajudar, pode comprar que depois passamos no local para buscar o alimento ou medicamento e fazer a doação”, explicou a presidente, citando ainda mobilização dos moradores dos condomínios do Laje de Pedra que arrecadaram R$ 90 mil doados ao HCC para compra de um respirador e monitor, além do auxílio de quem reside noReserva da Serra e do Grupo Girassóis de Gramado.
Um dos atendimentos realizados que necessita de uma atenção especial são para as famílias que possuem crianças que necessitam de leites especiais. Algumas destas recebiam gratuitamente pelo Governo do Estado, o leite em pó Fortini, mas o município ainda não recebeu neste ano. A lata deste produto, segundo Ana, é comercializado por cerca de R$ 45.
“Neste ano ainda não enviaram o leite Fortini, tem crianças que necessitam de até 21 latas por mês. Tem um caso, por exemplo, de uma criança que precisa deste leite, foi para a fila do transplante necessitando deum rim, perdeu peso, por não receber esta alimentação e saiu da fila. Tem crianças que precisam do leite sem lactose”, pontuou
Como doar?
Para auxiliar a Abasc com as doações, pode entrar em contato pelo telefone (54) 99176.6532 ou depósito na conta do Banco do Brasil, agência 0698X, conta 555002 ou transferência por PIX 1863660400194.
A entrevista
A entrevista pode ser conferida no Facebook Jornal Integração Hortênsias, na barra vídeos – Redação Esportes do dia 27/04 ou acessando o site www.leiafacil.com/podcasts clicando no link Entrevista com Ana Nunes, presidente da Abasc.
Texto e foto: Tiago Manique – [email protected]