Domingo, 02 de junho, completa-se um mês da maior tragédia climática de Gramado e Canela e do RS. Para amanhecer aquele dia perdemos 09 vidas humanas, dois dos falecidos ainda eram praticamente crianças, com toda a vida pela frente.
Terras produtivas, cultivadas e cultiváveis se transformaram em rios de lama, que carregavam tudo o que tinha pela frente, árvores, casas, e a própria vida. Foi o caos generalizado, todos estavam sob ameaça, sob forte risco. Não havia uma característica de terreno ou algo assim que definisse onde é que estava o perigo. Com seiscentos milímetros de chuva em quatro dias, tudo estava sob forte ameaça. Bombeiros, civis voluntários, Defesa Civil, era um corre-corre atrás das prioridades, que era difícil de definir, pois mudava a cada minuto. E os dias que se sucederam, até esta semana ainda, foram realmente muito complicados. Quando aqui na Serra as coisas melhoraram um pouco, não parava de chegar notícias da ampliação da tragédia para mais e mais locais que jamais teriam imaginado serem afetados. Quem estava nas encostas temia o deslocamento de terras, os deslizamentos, e quem estava no plano, a inundação. O RS restou em trapos! Só em Gramado foram levantados 190 pontos de atenção. Casas centenárias foram arrancadas como fossem de papel. Famílias que investiram cada real conquistado durante uma vida toda para construir um lar maravilhoso para seu conforto, estão desalojadas. E será necessária muita força, muita perseverança, muita fé, para reconstruir. Mas, mesmo com toda a perda patrimonial, nada fácil de superar, eis que para muitos sequer há tempo de vida, há aqueles que perderam seus familiares, e certamente é a estes que devemos nos mostrar ainda mais fortes, para, além de fazer a nossa parte, encontrarmos forças para ajuda-los a também superarem suas perdas, com esperança e aceitação.
Reflexão
E ficam as mais diversas reflexões. Alguns encontram explicações, sempre atribuindo a culpa aos outros, mas a maioria de nós sabe que existe um Deus, e que nada poderíamos ter feito para evitar o que aconteceu. Tanto que, como dito acima, não houve uma característica de terrenos ou algo assim, que definisse onde seriam os deslizamentos. Eles ocorreram em todo o lugar, e é bem notório, a maioria, no mato. Matas virgens, em locais jamais habitados, foram arrancadas e misturadas à terra, muitas vezes onde nem é tão ladeira, íngreme.
Sonhos e realizações
Para não piorar, e para melhorar, temos de trabalhar. Trabalhando dá! Sem trabalhar, não dá! Isso vale para todos, exceto aposentados, que já fizeram sua parte.
Também nos negócios será preciso muita renovação e perseverança. Desde 2014, com a reeleição da Dilma para Presidente o País não é mais o mesmo e empilha crises que nos desafiam ano a ano. Com sua queda, algumas reformas importantes com Temer, depois em 2018 já veio a greve dos motoristas, que paralisou o país por um período, 2019 Bolsonaro se instalou e 2020 veio a pandemia. Portanto, estamos há exatos 10 anos remando contra a maré. Nos reinventamos várias vezes de lá para cá e teremos de fazer isso mais uma vez, para depois, gozar de uma década de conquistas, sonhos realizados e muita alegria e paz: Rezemos ao Senhor!
Com o próprio braço
O Governo, ou os governos, estão prometendo uma diversidade de ajuda. Merecida e necessária. Mas não será assim para todos. Os financiamentos a juro zero restringem-se aos que tiveram as empresas afetadas diretamente, fisicamente, e que estejam em municípios com Estado de Calamidade Pública reconhecida pelo Governo Federal, que são apenas cerca de 40. Canela e Gramado não estão nesta lista. Para nós aqui, quase nada. O que os bancos (do Brasil e Caixa) estão autorizados a fazer é furar o teto do endividamento, financiando até 60% do faturamento de 2023, ainda que tenha empréstimos em andamento. Estas parcelas anteriores podem ser adiadas por alguns meses. Nada mais!
Desafios
O Jornal Integração está inserido neste contexto de crise e renovação (crie), tal qual as demais empresas da região. Cada setor com os seus desafios, que em algum ponto se parecem. O meio de comunicação é diretamente afetado em momentos como estes. Até mais forte do que a maioria, pois precisa trabalhar mais e o faturamento fica, obviamente, afetado.
Tudo ao seu tempo
Como qualquer outra empresa, portanto, o Jornal Integração vai se ajustando. Assim como investiu alto em um parque gráfico em 2009, investe agora em tecnologias, ou, ferramentas, atualmente utilizadas para o dia a dia dos trabalhadores da comunicação.
Tudo novo
A partir da semana que vem vamos mudar bastante nossa forma de comunicar com a audiência, tanto das redes sociais, quanto do site leifacil.com.br. A edição no formato impresso, faremos diariamente, ou pelo menos 04 edições semanais, entregues aos assinantes. As intervenções ao vivo irão se multiplicar, vamos nos aproximar muito da população, atualizando tudo, no ato!
Duas mil casas