O mundo parou

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Coluna publicada no dia 15/08.

E não foi para um jogo de futebol. Dois dos homens mais poderosos do planeta — um pela economia e ambos pela força bélica — sentaram para discutir o fim de uma guerra. Donald Trump e Vladimir Putin conversaram nesta tarde, no Alasca, cara a cara. O assunto principal foi a guerra da Rússia contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

E, para quem tem dúvidas do poder de Trump, o mais diretamente interessado no assunto — presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky — sequer foi convidado, em que pese a conversa seja considerada com potencial para selar a paz mundial.

A força dos EUA e de Trump é tamanha que, no acordo com a União Europeia, com 27 países-membros, uma das condições é que os europeus invistam em armamento para sua defesa — claro, comprados nos EUA — e mais: compra de US$ 750 bilhões em energia americana; investimento de US$ 600 bilhões nos EUA; abertura da economia europeia para produtos americanos com tarifa zero em setores estratégicos.

Por aqui, o coitado do Lula o chama de mentiroso e diz que não vai ficar de quatro pra ele. Não tem nem um bodoque para se defender e, se lhe for bloqueado o visto… Imaginemos a Janja sem visto.

Ofensiva

Em que pese a irrelevância do Brasil, sob esta ótica, conforme tópico acima, o presidente americano tem dedicado atenção a nós. Parece determinado a pôr um basta nesta cambada de Brasília que nos conduz, a passos largos, para a falência total, ao exemplo da Venezuela. Esta semana, voltou a repetir que o Brasil é um péssimo parceiro comercial e que estão “executando” Bolsonaro e outros, tolhendo a liberdade de expressão. “Agora estão sendo taxados e não estão felizes, mas é assim que funciona”, disse Trump.

No momento, estão sendo retalhados os que estavam à frente do programa Mais Médicos, que trouxe ao Brasil médicos cubanos em condições de escravidão para ajudar a nação comunista, sob ameaças às suas famílias. Falam grosso em resposta, mas temem até ficar sem o visto para poder viajar aos Estados Unidos. Imagina quando chegar ao ponto do Moraes, penalizado com a aplicação da Lei Magnitski. Parceria péssima porque o Brasil os taxa em 60%, enquanto eles praticamente não nos taxavam.

Lembrando: essa taxação de 60% faz o povo brasileiro pagar tão caro para obter um celular, um carro ou qualquer objeto cuja tecnologia seja originária dos EUA.

Lei das sacolinhas

Finalmente, o prefeito de Gramado mandou à Câmara o projeto de lei para derrubar a lei das sacolinhas de supermercado. Está com os vereadores, deve ser lido segunda-feira e votado em sessão seguinte, possivelmente já no dia 25.

Demorou! O autor da lei, então vereador Renan Sartori, pagou o preço desta iniciativa nas urnas. Para prefeito, fez 3.100 votos, 13,07% do total.

A população não gostou disso e, portanto, todos os demais argumentos para manter a lei são irrelevantes. Temos tantas formas de ajudar o meio ambiente que esta ação realmente fica pequena. Para termos uma ideia, o assunto lixo, em Gramado, está a cargo da Secretaria de Obras. Logo, pagar a sacolinha para “limpar” o meio ambiente não refresca.

Obrigado, Vellinho

O secretário de Obras de Canela, José Vellinho Pinto, pediu exoneração na manhã de hoje.

Engenheiro de formação, foi três vezes prefeito da cidade, mais duas ou três vezes candidato ao cargo e vereador na legislatura passada. Nesta gestão, entrou em razão de que seu correligionário Tolão é o vice, mas não completou um ano. Na real, Vellinho aceitou a missão por piedade, para não deixar na mão um governo do qual se sentia parte. Mas não queria mais. Não está mais afim. E o governo precisa andar do jeito do Gilberto Cezar, que é o eleito e tem a responsabilidade de prefeito. Equação difícil, achou melhor sair. Gostei muito da mensagem que ele encaminhou ao Integração explicando sua saída. Acredito ser este o adeus do Vellinho para a vida política. Vai curtir a vida! Para todos os meios e fins, merece. Meu abraço a ele.

Altos e baixos

Quando o Integração iniciou atividades na região, em 2003, Vellinho era o prefeito de Canela. Estava no terceiro mandato, segundo consecutivo. Em alguns momentos tivemos turbulências, até processos judiciais, mas as diferenças foram corrigidas e seguimos cada um com seus deveres e compromissos.

Humildade

Vellinho se mostrou uma pessoa humilde, nestes últimos anos, pelo menos, que o acompanho. Depois de prevalecer por muitos anos como liderança e autoridade, com três mandatos de prefeito, foi candidato mais duas vezes e não teve boa votação. Depois, concorreu a vereador e, aí sim, se elegeu e exerceu o cargo. Como vereador, foi muito atuante. Usou todos os espaços de fala a que tinha direito e fez críticas, elogios, denúncias, apontamentos; votou a favor e contra, conforme sua cabeça.

Despedida

Hoje mesmo perguntei a ele, logo após sua decisão se tornar pública, se isso representava sua aposentadoria. Ele não respondeu até o fechamento da coluna. Diante dos fatos, estou considerando que sim. Nem a vereador ele queria mais concorrer, e acabou aceitando ser secretário. Na minha visão, isso indica que está realmente se aposentando. Que ele aproveite bem os anos que ainda tem pela frente, com saúde e paz.

Perguntinha

Você sabe por que um celular custa tão caro

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