Moratória

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Coluna publicada no dia 30/06.

O prefeito Nestor Tissot chamou a imprensa hoje pela manhã para anunciar dois decretos: por seis meses não aceitam novos pedidos para hotéis com mais de 20 leitos no município e restaurantes com mais de 20 cadeiras, na Borges de Medeiros. A notícia é essa, duas linhas. Dali em diante são opiniões, que podem divergir.

Eu sou contra qualquer moratória. Penso naqueles que planejaram por muitos anos e agora quando decidiram, conseguiram juntar o que precisava, passam a viver este momento de incertezas.

No entanto, admito a adesão popular que tais medidas atraem. É um discurso fácil de defender. Você conquista de imediato todos os que já têm seus projetos aprovados, ou pelo menos protocolados, e contra ti só aqueles que ainda estavam só no planejamento, juntando os pila. Tanto que, na foto com o Prefeito, estão os presidentes dos hoteleiros e dos ‘restauranteiros’ (SindiTur e Abrasel). Em defesa da classe -não permissão de novos concorrentes.

Pit stop

Também acho que os seis meses não são o fim do mundo. Quem demorou um pouco pode agora esperar um pouco mais. Passa rápido. Assim foi a defesa de todos à moratória, até mesmo do presidente da Planta – que é a associação dos engenheiros, arquitetos, construtoras e profissionais do trade da construção civil. Bernardo Tomazzeli disse que Gramado precisa escolher crescer e não ser escolhida e que nestes seis meses dará um tempo para fazer avaliações e reflexões. Esta foi a linha dos defensores da moratória, todos querem um tempo para ver a estrutura que, em alguns pontos, de fato está estourando, como é o caso do tratamento do esgoto, conhecido por saneamento.

Chama o Fedoca

Lembro de quando o prefeito Fedoca (2017/2020) decretou moratória semelhante. Depois os de agora vieram me contar que foram mais de dez construções levantadas de familiares do então prefeito no período. Às vezes é assim, a moratória só vale para os outros, os próximos já têm seus projetos protocolados.

Gramado precisa parar…

Lembro também que na campanha de 2008 o slogan do candidato a prefeito da oposição, o Fedoca, foi: Gramado Precisa parar… e mudar. Na época o pessoal que está hoje no governo, combateu essa máxima. Foi exatamente na primeira eleição do Nestor. Gramado precisava seguir seu rumo, seguir no trilho do progresso. Mass é fato que as coisas são dinâmicas e se ajustam. Alguém lembra o slogan do Nestor naquela campanha?

Movimento liberal

A direita brasileira esteve reunida mais uma vez na Paulista neste final de semana. Notoriamente tais encontros têm diminuído as presenças. Claro sinal de que o povo cansou de faz apenas movimentos de gritaria. Precisamos soluções, e não e agora que isso vai acontecer. Seguimos firmes e confiantes no futuro do Brasil, mas 2026 ainda está lá longe para que está com um monte de boleto para dar conta.

Fato é que, desta vez, Bolsonaro falou algo relevante, que destaco aos leitores. Ao dizer que o Brasil tem jeito produziu a seguinte frase: “Me deem 50% do congresso, e digo mais, não precisa ser eu o presidente, é só o Waldemar (da Costa Neto, presidente do PL) me deixar como presidente de honra do PL”. O “Não precisa ser eu o presidente”, me deixou animado. Até porque de fato o TSE não vai deixá-lo concorrer.

Preparando o terreno

Vê-se nas redes sociais discussões entre o deputado federal, ex-ministro do Lula, Paulo Pimenta e o Governador Eduardo Leite. Discutem sexo de anjo, cada um falando o que seu eleitorado gosta de ouvir, numa clara tentativa de se colocar em posição para a eleição do ano que vem, quando ambos estarão concorrendo novamente: Leite a senador e Pimenta, possivelmente, a governador.

Estrada Velha

A secretaria de Meio Ambiente de Gramado publicou, semana passada, um uma fala da secretária Cristiane Bandeira dizendo que os estudos técnicos foram concluídos e que ‘nos próximos’ dias dar-se-á inicia a movimentação para a supressão da vegetação para posteriormente, ainda este ano, fazer a obra de estabilização do solo (cortina atirantada). “Após estudos e vasta instrumentalização, a secretaria autorizou a supressão de vegetação na estrada da Santinha, área pública conhecida como Parque da Santinha”, disse. Bandeira explicou que algumas árvores serão replantadas em outros terrenos.

Em outro momento o técnico explicou que parte daquela terra toda que se mexeu será levada para outro lugar. Esse movimento deve iniciar ali por novembro, segundo previsão da prefeitura. Preparemo-nos para os transtornos que essa movimentação de máquinas e caminhões causará em uma estrada que não tem alternativa.

Perguntinha:

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