Na manhã de hoje, lá no programa Chimarrão e Atualidades, comentei sobre algo que poderia ser muito interessante para Canela: o projeto Vereador Jovem. Em Gramado, essa iniciativa já acontece e traz os jovens para dentro da política desde cedo. E não é isso que a gente sempre diz? Que as pessoas precisam se interessar mais pela política? Pois então! Esse projeto é uma baita oportunidade para que os jovens comecem a entender como tudo funciona e, quem sabe, se tornem políticos mais preparados no futuro.
Fiquei sabendo que, na terça-feira, representantes da Escola do Legislativo de Gramado vão se reunir com a vereadora Graziela Hoffmann (PDT) de Canela para tratar sobre o assunto. Torço muito para que isso dê certo e, de antemão, já deixo aqui meus parabéns para a Grazi por puxar esse tema pra cidade. Se a gente quer mudar alguma coisa na política, tem que começar pela base, e nada melhor do que formar cidadãos desde cedo. Afinal, convencer um jovem a se interessar por política é muito mais fácil do que tentar fazer um adulto mudar de ideia depois de anos de descrença.
Insatisfação
Falando em descrença, minha coluna de ontem foi bombardeada por comentários sobre um assunto que já está dando o que falar em Canela: a provável posse do vereador Alberi, primeiro suplente do MDB. Ele pode assumir a cadeira de Joãozinho Silveira, que, como todo mundo sabe, está enfrentando problemas e acusações criminais.
O que eu mais li nos comentários foi gente dizendo que trocar um pelo outro seria “seis por meia dúzia”. E, olha, entendo totalmente esse sentimento. As pessoas estão cansadas, decepcionadas e cada vez menos acreditando que algo pode mudar. Isso se reflete tanto nas eleições quanto na forma como a política é discutida na internet.
Agora, é bom lembrar que Alberi teve 488 votos na eleição de 6 de outubro. Quase 500 pessoas queriam ele na Câmara. Joãozinho, por sua vez, fez 549 votos, pouco mais que o Alberi. Ou seja, se a gente for olhar pelo lado democrático da coisa, uma parte da população quis que ele estivesse lá. Mas, claro, a insatisfação geral com a política faz com que qualquer movimentação desse tipo gere comentários negativos. E, sinceramente, eu não culpo ninguém por pensar assim.
Crítica não é ofensa
Agora, um recado para quem anda meio incomodado com as críticas que faço por aqui. Não adianta ficar bravo comigo! A questão é simples: se eu critico, é porque tem coisa errada acontecendo. Ou, no mínimo, porque algo precisa de mais atenção.
Se tem gente brava com o que eu escrevo, o caminho não é bater boca ou se fazer de ofendido. O caminho é trabalhar e resolver os problemas. Se um vereador ou qualquer outra autoridade está sendo criticado, será que o problema sou eu ou é o trabalho que está deixando a desejar? Pensa nisso.
E outra, eu não invento nada. Quando falo de algo aqui, ou é porque eu mesmo vi ou porque recebo informações de fontes muito confiáveis. Então, a melhor opção para quem se sente incomodado com o que eu digo é simples: faça o trabalho bem feito. Assim, não tem crítica, não tem problema e todo mundo sai ganhando.