Sabe aquele ditado “quem ama cuida”? Pois é, a Corsan parece odiar Canela. Não tem outra explicação. É buraco pra todo lado, rua cavada e largada, asfalto que eles cortam e tapam de qualquer jeito, paralelepípedo que eles arrancam e jogam no canto como se fosse entulho. A empresa faz obra, remenda porco, vai embora e deixa o povo com mais um obstáculo pra desviar. O vereador Leandro Gralha (MDB) deu nome aos bois: disse que isso é um CRIME contra a cidade e precisa ir para o Ministério Público. Apresentou fotos da Vila Suzana como exemplo, mas, há outras partes da cidade assim. você escolhe o cenário do desastre. Corsan virou sinônimo de buraco, descaso e raiva.
Lata velha?
E se você acha que o caos para por aí, segura mais essa: os ônibus da Viação Canelense tão virando motivo de piada — ou melhor, de revolta. Veículo com parte quebrada, sem manutenção, bancos caindo aos pedaços… uma sucata ambulante. A comunidade já cansou de reclamar e nada acontece. Gralha foi cirúrgico: chega de conversa. Para resolver, é simples: para o ônibus, pede laudo técnico, tacógrafo e documentação. Se tiver irregular, mete no guincho e recolhe. Só dói no bolso, então tem que bater onde dói. Porque transporte público assim não é serviço, é desrespeito diário com quem depende dele para trabalhar, estudar e viver.
Aonde vamos parar?
O caso que o vereador Alberi Dias (MDB) trouxe é daqueles que dá nó na garganta: uma mulher tá esperando desde 2019 pra fazer uma cirurgia de hérnia. Isso mesmo, há 6 anos! Encaminhada pelo posto de saúde do Canelinha para o hospital e até hoje… NADA. O vídeo que Alberi mostrou é um grito de socorro. E aí vem o vereador e presidente Felipe Caputo (PSDB) e solta: “mas por que só agora?”, apontando que Alberi passou anos como vereador de situação e nunca apresentou essa questão. Por mais que eu entenda o que o Caputo quis dizer, não compreendi muito bem o que quis o Caputo com a manifestação, mas ela não foi feliz. Uma pessoa que reclamou no meu telefone ontem disse o seguinte: “A saúde pública em Canela, se fosse avaliada como um serviço, já teria sido fechada por maus-tratos à população”. Alguém precisa resolver o problema dessa mulher. Alô, secretário de Saúde!
Selva
O Centro de Canela, que deveria ser um espaço agradável para circular, virou território de abordagens abusivas. Você não consegue dar dois passos sem alguém te enfiar um panfleto, uma propaganda, um “me escuta rapidinho?”. O vereador Roberto Danany (MDB) defende que TODOS devem ser ouvidos — desde quem precisa trabalhar panfletando até quem tá sendo abordado insistentemente e quer paz pra caminhar. E ele tem razão. Também chamou atenção para os aluguéis absurdos que empurram os comerciantes pequenos para beirada do mapa, criando um Centro inchado e um resto de cidade abandonado. Lembrando que o hoje tem Audiência sobre o tema na Câmara, às 18h.
Pintaram o plenário
Nem tudo é só crítica. A reforma e pintura do plenário da Câmara deram um novo ar ao espaço. Ficou bonito, mais leve e com cara de lugar público que merece respeito. A gente precisa reconhecer quando algo é bem feito, e dessa vez foi. Um ambiente mais digno também reflete na postura dos vereadores e na forma como os debates são conduzidos. Que essa pintura nova inspire também atitudes novas — porque a cidade tá precisando de renovação, e não é só na tinta.
Vandalismo e brigas no Centro
Nos últimos dias, quem passou pelo Centro de Canela viu — ou ouviu falar — das brigas, confusões e cenas de vandalismo. Não estamos falando de pequenos desentendimentos, mas de pancadaria generalizada, jovens se enfrentando no soco, quebra-quebra e ameaças. O vereador Rodrigo Rodrigues (PDT) trouxe isso à tona e foi firme: quem faz isso tem que ser punido exemplarmente. E tem mesmo. Tá virando terra de ninguém. O Centro, além de ponto turístico e espaço de convivência, está virando palco de agressões. A sensação de insegurança é real. E o pior: esses episódios se repetem. Um fim de semana vai, vem o outro, e lá estão eles de novo, brigando no meio da rua como se Canela fosse faroeste. O povo quer paz, quer ordem, quer segurança. E isso não vem só com discurso. Vem com ação, com planejamento, com firmeza. Porque quem não respeita a cidade, precisa sentir o peso da lei. E quem governa, precisa parar de fingir que isso é “coisa passageira”. Não é. É sintoma de abandono.