Publicada no dia 22/04.
Tem coisa que a gente vai segurando pra falar porque quer ouvir mais gente, sentir o clima, entender as ideias que estão rodando por aí. Foi mais ou menos o que eu fiz com essa história do novo ginásio de esportes em Canela. Mas agora dá pra dizer: tenho minha opinião bem clara sobre o assunto.
O local é ideal — e ponto
A área que a Prefeitura está de olho pra construir o ginásio, na minha visão, é perfeita. Está no bairro São Lucas, ao lado do Posto de Saúde. O bônus: é perto da ERS-235, acesso fácil pela avenida Cônego João Marchesi. Pelo que tudo indica, a entrada vai pela rua de trás (rua Gaspar Silveira Martins), mas também poderá ser pela Francisco Gasparin, do lado da Revenda Avenida Car. O terreno é grande o suficiente pra comportar estacionamento, o que já resolve metade dos problemas em dias de jogos. Talvez seja necessário desafetar uma rua ali perto para garantir acesso. Faz parte.
Capacidade e estrutura: sem exageros, mas com responsabilidade
A ideia é que o ginásio tenha capacidade para 2 mil pessoas. Comparando: o ginásio do Perinão, em Gramado, tem 2.500 lugares. Para Canela, esse número me parece ideal. Não precisamos sair construindo um megacentro esportivo como Vila Olímpica e tudo mais logo de cara. Vamos com calma. Primeiro um modelo bem feito, como o do Perinão, que funcione bem para o que a cidade precisa. Depois, se for o caso, a gente pensa em algo maior, mais elaborado. Sonhar é bom, mas com o pé no chão.
Outra coisa: arquibancada tem que ser fixa. Nada de arquibancada móvel que pode ser tirada para evento daqui, palestra dali, e depois ninguém sabe onde foram parar os bancos. Ginásio é ginásio, não é centro de convenções. Tem que ser para esporte e ponto final. Se for bem planejado, vai ser usado, vai ser útil, e a cidade vai ganhar com isso.
Olhar para quem entende do assunto
Uma preocupação que eu tenho é com o projeto arquitetônico. Não dá para ser só uma maquete bonita para postar nas redes sociais e depois nunca mais se falar no assunto. Tem que ser um projeto pensado por gente que entende de verdade de esporte, de turismo esportivo, de estrutura. Conversem com quem já fez coisa boa: a pessoa que projetou o ginásio do Perinão, quem desenhou a Vila Olímpica… gente que sabe onde é que o tênis aperta.
Enquanto isso, em Gramado…
Hoje mesmo a gente recebeu uma denúncia de esgoto na Rua Coberta, em Gramado. Uma mulher pisou numa calçada solta e o esgoto espirrou na roupa dela. A Prefeitura agiu rápido e resolveu o problema ainda hoje. Mas o recado fica: tem que ter atenção contínua nessas questões. Eu mesmo já pisei em pedra solta em calçada por lá. Falta manutenção.
Mais uma competição
E falando em Gramado, eles anunciaram mais uma competição pro calendário esportivo: a Taça Gramado de Futsal, que vai ocupar o lugar da antiga Copa dos Campeões. O detalhe curioso? Nenhuma equipe de Canela vai participar. Não é crítica, é só um dado. Mas mostra como Gramado segue firme como referência no esporte, porque tem onde receber esse tipo de evento. Tem espaço. Tem estrutura. O colega Tiago Manique traz mais detalhes em sua coluna.
O sonho que pode virar realidade
É por isso que fico empolgado com a ideia do ginásio em Canela. Porque esse pode ser o início de um novo tempo. Um ginásio de 2 mil lugares, bem feito, com projeto sério, pode colocar Canela no mapa de eventos esportivos da região. Pode ser o começo de algo maior. Mas tem que ser bem feito. Tem que sair do papel. E para isso, precisa de diálogo, planejamento, de ouvir gente com experiência. Nada de prometer o mundo e depois entregar uma quadra e meia e um banheiro. O povo não é bobo.
Então vamos animar sim, mas com um olho no sonho e o outro na realidade. Se fizerem direito, esse ginásio vai ser motivo de orgulho. Se fizerem só por fazer, a gente vai saber também. O importante é seguir falando, acompanhando, cobrando — e, claro, torcendo.
Qual seria o lugar ideal para o ginásio?
Deixo essa pergunta para ti, leitor. Será que teria algum outro ponto melhor?