
O vereador Rafael Ronsoni resolveu usar a tribuna da Câmara, na sessão desta segunda-feira, para fazer um desabafo. E não foi qualquer fala de rotina: foi um recado direto de quem ainda é situação, mas já não sabe até quando.
Ronsoni deixou claro que os vereadores precisam ser mais ouvidos pela Prefeitura. Ele puxou a fala de Gislaine Martini, na Tribuna do Povo, que defendia a instalação de câmeras de monitoramento nas escolas, para reforçar que os parlamentares não podem ficar só na formalidade de aprovar projetos, sem de fato participar das decisões.
No meio da sua fala, trouxe à tona pontos delicados: a demora na licitação definitiva do transporte público, aprovada em fevereiro e até agora não concluída; a obra do Lago Joaquina Rita Bier, de onde já saiu o Natal Luz, mas que ainda não começou; a recuperação da Praça das Etnias, que segue indefinida. Cobrou mais velocidade da Prefeitura, lembrando que Gramado precisa andar mais rápido.
O tom foi de cobrança, mas também de aviso. “Eu sou situação, mas não sei até quando”, resumiu. Um recado político de peso, que não esconde o incômodo que o vereador vem acumulando.
A coluna apurou que hoje mais cedo houve reunião com o prefeito Nestor Tissot com vereadores. Ronsoni sequer participou. Nos bastidores, a expectativa era justamente de que ele soltaria o verbo na tribuna. Dito e feito.
No fim, reforçou que não foi eleito para se calar, nem para ser covarde. Garantiu que está pronto para receber críticas, mas que a sua missão é representar os mais de 2,7 mil votos que o colocaram na Câmara. E deixou claro: a partir de agora, vai cobrar com ainda mais força.













