Fui até a casa da família Tomasi, no bairro Vila Maggi, e vou ser bem direto: o cheiro é insuportável. Não é aquele mau cheiro que incomoda um pouco e logo passa. É um fedor que gruda na roupa, na pele e, pior, no ar que eles têm que respirar 24 horas por dia. E não é de hoje, não é de ontem, é de anos. Coitada dessa gente…
O quintal deles virou um esgoto a céu aberto. A cada chuvinha, tudo piora. O esgoto escorre, se acumula, atrai ratos, insetos e coloca em risco a própria estrutura da casa. O que acontece ali não é um problema pontual, mas um descaso absurdo que se arrasta há décadas. E olha que eles não usam o esgoto da Corsan, mas a conta chega todo mês. Pagar pelo que nem usam e ainda ter que lidar com o esgoto dos vizinhos? Isso é piada de mau gosto.
Elisete e Eduarda vivem com medo. Medo de adoecer, medo da casa desabar, medo de sair para trabalhar e voltar para encontrar tudo destruído. E, convenhamos, não é um medo exagerado. A umidade já fez rachaduras surgirem nas paredes, e a cada dia que passa, a situação só piora. Ninguém me contou, eu vi.
E cadê as autoridades? Prefeitura e Corsan jogando a batata quente uma para a outra. A prefeitura diz que cobra, a Corsan finge que faz algo, e no fim das contas, a família Tomasi continua convivendo com essa tragédia anunciada. Ah, e não são só eles. É só olhar os comentários na postagem da matéria: gente de Canela e de Gramado passando situações parecidas.
Para ser justo, a Prefeitura até esteve ali, mas para a solução paliativa.
Largado
E por falar em sujeira e descaso, quem anda pelo Centro de Feiras também já deve ter notado que aquilo ali tá um lixo. Sacolas, garrafas, plásticos jogados por todo o entorno. A culpa é só do poder público? Claro que não! Os cidadãos fazem questão de não colaborar. Limpar adianta? Em partes, mas enquanto a galera continuar tratando a cidade como lata de lixo, nada muda.
Perguntinha
Vou entrar na moda do Cláudio. Onde estão aqueles que adoram, amam e se esganiçam para ajudar quando lhes convém? Na boa é fácil.