Coluna publicada no dia 18/08.
Quase dois meses se passaram desde que Marcelo Andrade assumiu o comando do transporte da saúde em Canela. Conversei longamente com ele e também fui ouvir quem está no dia a dia: os motoristas. A avaliação é muito positiva. Mesmo com as dificuldades conhecidas — como a frota antiga, a alta demanda e as altas hospitalares de surpresa —, há uma percepção geral de que Marcelo conseguiu organizar o setor, trazer clareza nos horários e às decisões. Tem matéria nesta edição, mas também vou dar algumas pinceladas sobre o assunto.
Ele chegou em um momento em que o transporte vinha de mudanças recentes, já que antes quem ocupava o cargo havia sido Almir Bastos Junior. A lembrança é rápida: Almir esteve no setor, enfrentou problemas e foi designado para outro setor. Agora, com Marcelo, a fase é de continuidade e fortalecimento do serviço.
O peso do transporte
O transporte da saúde não é apenas sobre levar pacientes de um ponto ao outro. É sobre garantir que gente fragilizada chegue a consultas, exames e tratamentos sem sentir que está pedindo um favor. São 2.200 a 2.500 pacientes atendidos por mês, uma média pesada, que exige logística diária de 16 viagens e a movimentação de uma frota de 18 veículos, sendo duas ambulâncias. Tudo isso tem um custo: R$ 150 mil por mês, sem contar a folha de pagamento dos motoristas.
Quem vive o dia a dia sabe bem como é. Tem paciente oncológico que precisa de viagem três vezes na semana, tem deslocamento de madrugada, tem alta hospitalar que chega a ser avisada às nove da noite. Nesse contexto, a equipe precisa estar afinada. E foi justamente esse afinamento que os motoristas destacaram quando conversei com eles: Marcelo escutou, chamou um a um, explicou a realidade e passou confiança. Hoje a percepção é de união.
A marca da humanização
Não tem como falar de transporte da saúde sem falar da tentativa de tornar o processo mais humano. O esforço para trazer o paciente de volta para casa o quanto antes, a atenção com casos específicos de crianças com autismo, isso aparece no relato dos servidores. Não dá para agradar todos — tem sempre quem peça transporte individual —, mas o esforço de dar dignidade é reconhecido.
A comparação com outros municípios também pesa: em muitas cidades o transporte é reduzido a vans em poucos horários. Em Canela, com todas as dificuldades, há uma estrutura maior e mais humanizada. Isso também aparece nos relatos de pacientes, que nas últimas semanas encaminharam mensagens e até homenagens espontâneas nas redes sociais.
O aprendizado do setor
O transporte, mais do que qualquer outra área, expõe quem está na linha de frente. Marcelo, ao que tudo indica, chegou preparado para dialogar e construir. Pelos relatos que recebo, isso foi sentido por todos que usufruem do Transporte da Saúde.
Cesar Prux nas Obras
Se na saúde a novidade está na consolidação de Marcelo, em outra frente da administração também houve movimentação: a nomeação de César Prux como secretário de Obras.