Coluna publicada no dia 06/08.
A atitude do Departamento Municipal de Esportes e Lazer (DMEL) de Canela diante dos casos de violência ocorrido na semana passada pelo Campeonato Municipal de Futsal Série Prata foi rápida e acertada. As punições aplicadas demonstram compromisso com a integridade dos campeonatos e a segurança dos atletas que querem realmente competir. No entanto, é preciso dizer com clareza: ainda é pouco.
Mais punições
Os envolvidos nas cenas lamentáveis de agressões merecem punições ainda mais severas. Atos covardes, que extrapolam os limites do aceitável dentro do esporte, não podem ser tratados como simples excessos de competitividade. Precisam ser encarados pelo que realmente são: agressões inaceitáveis. É fundamental ampliar os períodos de suspensão e, quando necessário, aplicar sanções também às equipes que, direta ou indiretamente, permitem ou estimulam esse tipo de conduta.
Sem ouvir as equipes
Outro ponto crucial é o respeito ao regulamento. Quem organiza a competição tem o dever de aplicar as regras de forma rígida e imparcial, sem ceder a pressões de dirigentes, atletas ou torcedores. Ou se cumpre o regulamento como está, ou o esporte perde sua credibilidade. Não se trata de abrir margem para negociação. Se há regras, elas existem para serem seguidas — por todos. Neste caso, as equipes não devem ser ouvidas e seguir à risca o que é preconizado no regulamento.
Punição em Canela e Gramado
Também é necessário avançar na cooperação regional. Canela e Gramado, por serem cidades próximas e com intensa troca de atletas em seus campeonatos, precisam estabelecer um sistema unificado de punições disciplinares. Se um jogador ou equipe é punido por comportamento agressivo em Canela, essa punição deve valer também para Gramado — e vice-versa. Não se trata de limitar a participação dos atletas, mas de garantir que atos de violência não encontrem abrigo em fronteiras municipais.
Expurgar do esporte
O futebol e os esportes em geral são espaços de convivência, competição sadia e exemplo para a comunidade. Quem não respeita isso, não merece estar em campo. Se há quem questione as regras ou tente contorná-las, talvez seja melhor repensar sua participação. Só deve permanecer nos campeonatos quem realmente está disposto a competir com respeito, disciplina e espírito esportivo. É hora de dar um basta. Chega de passar pano para agressões. Que o esporte local continue crescendo — com organização, com firmeza e, acima de tudo, com respeito.
CPI da energia
O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) Pepe Vargas (PT) registrou que foi publicado no Diário Oficial da Assembleia na segunda-feira (4)o deferimento da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como objeto investigar as recorrentes falhas no serviço público concedido de distribuição de energia elétrica prestado pelas empresas CEEE Equatorial e RGE. O deferimento é assinado pelo presidente, após promoção da Procuradoria da ALRS sobre o tema. Com a publicação, começa a correr o prazo de cinco dias úteis para indicação dos 12 integrantes da CPI por parte das bancadas. O prazo expira na próxima segunda-feira (11), quando deve ocorrer a instalação do grupo técnico.
Consulta Popular
A fase de envio de propostas para a Consulta Popular 2025 está na reta final. Os cidadãos têm até o próximo domingo (10/8) para sugerir ações e projetos que poderão integrar o orçamento estadual do próximo ano. A participação é totalmente digital e deve ser feita no portal da www.consultapopular.rs.gov.br . Após o encerramento da fase de envio de ideias, os projetos habilitados passarão para a etapa de votação popular, prevista para ocorrer em outubro.
R$ 60 milhões
Coordenada pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), a Consulta Popular deste ano prevê R$ 60 milhões para os projetos mais votados pela população em todo o Estado. O valor será distribuído entre os 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), que mobilizam a sociedade para definição das prioridades regionais.