Coluna publicada no dia 26/05.
Ô gurizada, vou dizer uma coisa que talvez tu também tenha pensado quando leu a notícia da saída do Rafael Carniel da Secretaria de Turismo de Canela: “Bah, justo agora que a coisa estava andando?” Pois é. Porque é isso mesmo. Estava andando, e bem, pelo que apurei. A Festa Colonial, marcada para julho, estava mais organizada que nunca. E olha que nem teve reunião entre agricultores e Prefeitura ainda, hein? A ideia é fazer o contrário do que sempre fizeram: organizar as ideias antes de botar todo mundo na roda. Senão vira bagunça. Cada um quer de um jeito, cada grupo puxa para um lado, e daí já viu, né?
Sem reunião, mas com rumo
Então o que o os organizadores fizeram? Planejaram primeiro. Só agora nessa semana é que vai ter a reunião com a Secretaria de Turismo, pra chegar lá com o esboço da festa na mão. É isso que a gente sempre pediu. Um mínimo de planejamento. E quem estava puxando isso? O Rafael. E a Kenia Jaeger, que era adjunta e agora ficou como secretária. E ainda bem que ficou, né? Porque se saísse junto, daí sim a vaca ia para o brejo de vez.
Rafael: técnico, correto e engajado
Sobre o Rafael, só ouvi elogios. E olha que não é elogio genérico. Estou falando de pessoas que estão até o pescoço na organização da festa há anos. E disseram sem pestanejar: nunca viram a festa ser pensada com tanto carinho, com tanta estratégia. Rafael e Kenia, mesmo não sendo de Canela e mesmo sem conhecer a fundo a história da festa, abraçaram o evento com força. Não vieram para cumprir tabela, sim para fazer acontecer.
Rafael era técnico. Do tipo que não aceita jeitinho, me disseram. Queria fazer tudo certo, mesmo que a burocracia fosse um inferno. E é mesmo, né? Fiquei sabendo de uma história que mostra bem como a coisa emperra: copiou um modelo de Gramado para aplicar em Canela e o processo tá indo e voltando desde fevereiro. Uma situação simples. Mas emperra. E isso cansou, desmotivou.
Pouca gente, muita coisa
Outro fator que ajudou ele a pedir o boné: é que há pouca gente pra trabalhar. A Secretaria é cheia de tarefas e braços curtos, há boas peças, mas seria preciso mais. Isso somado à herança da gestão anterior, fez a panela de pressão estourar. Rafael se assustou com o tamanho da confusão. E dá para entender. Um baita profissional que chega cheio de vontade e encontra um ninho de problemas enterrados. Desanima, mesmo.
Kenia ficou, e ainda bem
Mas olha, se teve uma boa notícia no meio disso tudo foi a permanência da Kenia. Porque quando o Rafael saiu, ficou um temor de que ela saísse também. Afinal, ela foi indicação direta dele. Mas o prefeito segurou ela. Valorizou. E valorizou certo. Porque ela entende como poucos. E vai segurar a bronca como titular da pasta. Se a festa tá organizada como nunca nesse período do ano, muito se deve a ela também.
O que melhorou: parceria entre Secretarias
E olha que baita mudança: as Secretarias começaram a se falar. Sim, parece bobagem, mas até o ano passado, na gestão anterior, era cada uma por si. Tinha secretário que parecia que torcia para o outro se ralar. Tipo “se a minha brilhar e a tua afundar, melhor pra mim”. Coisa pequena. Infantil. E injusta com quem só quer que a cidade funcione. Agora, não. Aconteceu reunião com Turismo, Educação, Esporte, Trânsito, Agricultura, Obras e tudo mais. Todo mundo junto. Todos querendo fazer a festa acontecer.
Quem viu isso de perto, se emocionou. Teve gente que chorou lendo sobre a saída do Rafael. Porque viu que a engrenagem estava começando a funcionar, e aí, pimba. Quebra a peça principal. Mas pelo menos ficou a estrutura. A Kenya tá aí, a parceria entre Secretarias está de pé. Que siga assim.
Os músicos
Pelo que eu também apurei, a questão da contratação dos músicos está muito bem encaminhada. Fiquei muito feliz com as coisas que eu ouvi, sinal de que a engrenagem está funcionando.