O ex-presidente Bolsonaro deve vir ao RS esta semana. Sua presença está prevista para sexta, dia 06, na Fenasoja, em Santa Rosa. A participação de Bolsonaro não consta na programação, mas a vereadora da Capital Comandante Nádia (PL), deu a notícia ao vivo no Integração, durante entrevista, quinta passada. A Fenasoja iniciou no dia 29 de novembro e fecha neste domingo, com o show de Ana Castela, às 20 horas. Sexta à noite tem Bruno e Marroni. Este ano é comemorado o centenário da soja no Brasil. Por incrível que parece faz só 100 anos que esta cultura chegou ao país.
Camaçari e a BYD
Durante a reunião do G20, mês passado no RJ, o presidente Lula assinou 37 acordos com o ditador da China, que estava aqui. Ou seja, Brasil e China estão tão unidos que parecem um só. A fábrica de carros elétricos daquele país vende sete de cada 10 que os brasileiros usam. Eles batem o preço de todo o mundo e não perdem negócio. Sua fábrica que está sendo montada em Camaçari, Bahia, a 50 quilômetros de Salvador, promete construir até cinco mil unidades habitacionais na região para seus operários. Claro que a cultura ditatorial dos chineses conduz seus pensamentos. A ideia, certamente, é trazer junto seus ‘escravos’. Só que aqui, em tese, não fossem tão amiguinhos do Lula, precisam se adequar à nossa constituição.
Mas, não é o que está acontecendo até aqui. Semana passada uma reportagem os flagrou. Jornalista, não o Ministério do Trabalho.
De acordo com a matéria da Agência Pública, publicada no dia 27 de novembro, trabalhadores chineses de empresas terceirizadas estariam enfrentando jornadas de até 12 horas diárias, sem folgas semanais e sem o uso de equipamentos de proteção adequados. Além disso, há relatos de agressões físicas, falta de água potável e alojamentos em condições degradantes para os operários.
Em resposta, a BYD emitiu uma nota repudiando as imagens que circularam nas redes sociais e afirmou que tomará ‘medidas rigorosas’ contra os agressores, incluindo seu afastamento e proibição de acesso à unidade.
Ou seja, a primeira coisa que veio em mente para a BYD é proibir acesso e mandar se afastarem os repórteres.
BYD, cuja sigla significa Build Your Dreams, é uma das maiores fabricantes de carros elétricos do mundo e a maior da China.
Tapete vermelho
Lula recebeu o Maduro (Nicolas Maduro, presidente da Venezuela) com tapete vermelho, honras ao ditador. Depois viu que a coisa não era boa e agora está encolhido, com medo dos aranhões. O mesmo repetiu agora com o ditador Chinês e até com um representante do Putin (Sergey Lavrov).
Análogo a escravidão
Sobre o Ministério Público do Trabalho e as medidas que tomará diz o seguinte: “O órgão está coletando informações para elaborar uma proposta de ajuste de conduta ou uma possível ação judicial contra a BYD”.
Duas medidas
Lembram quando no ano passado surgiu o assunto na colheita da uva, em Bento? Na época toda a imprensa nacional usou o “análogo à escravidão”. Dois diretores das empresas terceirizadas foram presos, as vinícolas tiveram que fazer acordos milionárias com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Só para ficar na grande imprensa, o G1, portal da Globo, mancheteou à época : “Vinícolas do RS que usavam mão de obra análoga à escravidão podem ser responsabilizadas, diz MTE”. Agora sobre a chinesa, no mesmo canal: “Operário chinês tem dedo amputado e outro sofre fratura na perna após acidente em obra da BYD na Bahia”; “Comida em cooler, operários descalços e pias entupidas: imagens mostram condições de trabalho em obra da BYD na Bahia”; “MPT investiga condições de trabalho de operários estrangeiros em obra da fábrica da BYD na Bahia”
