InícioGeralGramado e Canela“Com ela aprendi o que era viver”

“Com ela aprendi o que era viver”

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Tiago Manique

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REGIÃO – Reflexão, saudade e homenagens àqueles que já partiram. Neste sábado (2), Dia de Finados, tradicionalmente milhares de pessoas visitam cemitérios para prestar tributo a familiares e amigos que faleceram, em um gesto que une memória e espiritualidade.

Neste dia, os cemitérios se transformam em locais de recordação e respeito. Flores são levadas, velas acesas e orações. Para muitos, essa visita é um momento sagrado, onde a saudade é compartilhada e as boas lembranças são reavivadas. Como é o caso de Geny Vallim Candiago, 94 anos. Na manhã de sexta-feira (1º), no Cemitério Católico, no bairro Floresta, a aposentada estava visitando e cuidando da capela da família Candiago, onde foi sepultado seu marido Quirino Candiago, falecido no dia 12 de novembro de 1979, quando tinha 51 anos.

Dona Geny, que reside na Rua Coberta em Gramado, conta que, além da tradição de visitar no Dia dos Finados, frequenta o local em datas especiais, como a data do aniversário e o Dia dos Pais. Ela compartilhou como é esse momento para ela. “É triste, de recordação e saudade. Sinto falta dele, foi uma ótima pessoa para mim e para a família, e para toda a sociedade gramadense. Foi presidente do Lions e sempre ajudava as pessoas, participando muito da vida e da evolução de Gramado”, disse.

Foto: Tiago Manique/JIH – Dona Geny em frente ao túmulo onde está seu esposo

Com o passar dos anos, a tradição de visitar os cemitérios está se perdendo, principalmente entre os mais jovens, que não demonstram interesse em ir. Essa é a visão de Maristela Caetano Bisol, 45 anos. Moradora da área central de Gramado, ela cuidou de todos os detalhes de decoração e limpeza onde foi sepultada sua mãe, Maria Lúcia Bisol, falecida no dia 20 de outubro de 2022 aos 98 anos.

Emocionada, relatou o aprendizado e o exemplo de vida que teve por meio dos ensinamentos de sua mãe e a importância disso. “Ela me ensinou a vir ao cemitério, a rezar, cuidar, valorizar os entes queridos e a preservar essa tradição de realizar homenagens no Dia dos Finados, que infelizmente está se perdendo. Minha mãe foi meu exemplo, minha vida, meu alicerce, minha alma. Foi um encontro de coração, amor, respeito e felicidade. Com ela aprendi o que era viver. Me orientou na vida sobre o que era ter dinheiro e o que era ter pobreza. Me ensinou o que eu precisava fazer para viver bem; era o meu exemplo maior”, disse a filha, enquanto passava as mãos de forma carinhosa no túmulo de sua mãe, em lágrimas, expressando sua saudade.

Foto: Tiago Manique/JIH – Maristela falou sobre os ensinamentos de sua mãe

Preparativos

Em Canela, a semana foi intensa no Cemitério Municipal para deixar tudo pronto para este sábado (2). A Prefeitura informa que os serviços incluem corte de grama, pintura e plantio de flores, garantindo um ambiente acolhedor para as homenagens.

No local, haverá uma missa especial às 8h, aberta ao público, como parte da programação do Dia dos Finados. Durante o fim de semana, o cemitério funcionará normalmente, oferecendo um espaço digno para as homenagens e memórias.

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