Nesta última quinta-feira (11) estava dentro de um ônibus e recebi, via rede social, uma seguinte mensagem: “Pato ou Águia? Você decide”. Não tenho a certeza de mais quantos como eu que a receberam. Todavia, faz-se pensar e, de muito, reavaliar nossos princípios fundamentais de socialização. Há tempos escrevo sobre psicólogos renomados e afins, mas vejo que a situação atual está de tanto depravada que para certos grupos sociais o mais importante é ter dinheiro e não a experiência de vida de alguém especial. Perdeu-se a dimensão de vida em comunidade ou a mínima opção em cumprimentar com um célebre aperto de mãos. Pessoas que julgam o outro pelo modo de vestir, modo de falar, até mesmo pela boa educação que sustém. Integralmente, quando oferecido uma cédula de cinquenta reais a linha horizontal dos lábios molda uma Lua crescente de sorriso incandescente.
O que é o dinheiro, então?
Apenas um instrumento. Assim como para “crescer na vida” se usufrui de popularidade, também o intermédio capital dá a devida ascensão econômica. Porém, somente isso. Ao fim, tudo permanece tal qual iniciou. Corpos e cama justapostos.
Em verdade, de tanto nos acomete escutar coisas das quais não estamos habituados a ouvir. Pode muito bem parecer retrógrado ou repetitivo, porém uma das palavras mais bem quistas na vida: Tempo. Aqui entra a destreza da mensagem que recebi. Já de antemão, refresco a memória que dinheiro não é sinônimo de tempo. Todavia, cada ser humano recebeu o seu em bom grado e sem juros. As condições adversas que enfrentamos são partes integrantes de nosso crescimento. O quanto nós investimos em nosso meio independentemente da situação social ou classe. As oportunidades estão à porta daqueles que a procuram.
“Pato ou Águia? Você decide”.
Eu estava no aeroporto quando um taxista se aproximou. A primeira coisa que notei no táxi foi uma frase, logo ali: -Pato ou Águia? Você decide. A segunda coisa que notei foi um táxi limpo e brilhante, o motorista bem vestido, camisa branca e calças bem passadas, com gravata. O taxista saiu, me abriu a porta e disse: – Eu sou João, seu chofer […]. Você atende seus clientes sempre assim? –Não. Respondeu ele. Somente nos dois últimos anos. Meus primeiros anos como taxista passei a maior parte do tempo me queixando igual aos demais taxistas. Um dia ouvi um doutor especialista em desenvolvimento pessoal. Ele escreveu um livro chamado Quem você é faz a diferença.
O Livro é verídico. O quão de verdadeiro está nesse trecho da mensagem é o bastante para nos impactar frente ao rápido e moderníssimo meio social O autor do livro é John C. Maxwell. Obviamente que deixarei a resenha para os interessados no estudo. Todavia, vale compreender que a grande jogada de sucesso é a mudança interior e particular.
Por que o texto?
Vejo uma “sociedade cada vez menos em sociedade”. A metáfora parece um tanto ofensiva, todavia representa uma realidade que poucos de nós podem estar vendo. Para o João (taxista) os patos – sociedade atual – só fazem barulho e se queixam. As águias – cada um em particular – se elevam acima do grupo. Gosto de pensar que elas mostram o caminho para melhor concluir o nosso caminho. Em verdade, tudo começa em cada um.