Presidente do educandário explicou o projeto, destacando que mais localidades poderiam ser auxiliadas
Leonardo Santos
CANELA – Já imaginou os serviços do Centro Social Padre Franco no grande Canelinha? Isso pode se tornar uma realidade, já que a diretoria do educandário cultiva a ideia de expandir os atendimentos e a escolha seria pelos bairros São Lucas, Canelinha e Vila Miná, que compõem o ‘grande Canelinha’. Projeto de expansão do atendimento não deve ocorrer neste ano.
“Eu faço parte do Conselho de Assistência Social e vemos a diferença do Canelinha para o Santa Marta, que tem índices menores de tráfico de drogas, presidiários e crianças desabrigadas. Isso é impacto do trabalho do Centro Social e do que o Proerd faz nas escolas. Tem crescido muito o número de crianças aqui. Lá (Canelinha) temos muitos problemas de fome e pobreza. Mas também temos que ter consciência que o Grande Canelinha abrange muitos bairros. Aqui também tem estes problemas, mas é menos”, descreveu Maicon.
Atualmente a instituição atende 250 alunos de escolas estaduais, de 6 a 17 anos, com foco nos bairros Santa Marta e Dante, disponibilizando mais de 10 oficinas, entre elas, reforço escolar, informática, capoeira, dança, teatro, acrobacias aéreas em tecido e lira, acrobacias de solo, inglês, cidadania, música, banda marcial, teclado, coral e violão.
O Centro Social atende seis turmas de manhã e seis à tarde. Das 8h às 12h e das 12h30 às 17h, respectivamente. Cada uma delas possui, em média, de 20 a 22 crianças e adolescentes separados por idade e série escolar. Um atendido custa R$ 420 mensalmente. Além disto, mais de 500 refeições são servidas.
Ele destacou que a ideia da instituição não é ser um ‘depósito de crianças’, por isso, realiza com os interessados em matricular os filhos uma avaliação psicossocial, com psicóloga e assistente social para que a vinculação ocorra de forma oficial. Não há fila de espera no educandário.
“Isso impacta diretamente na vida delas. Muitas não têm condições de ter as refeições, a única é aqui. Instituímos muitas coisas aqui parar atender todos da melhor forma. São pequenos detalhem que mudam a vida deles. E eles gostam e querem estar aqui. Por mais que recebamos ajudas de empresas e pessoas, nós continuamos realizando brechós e eventos direcionados a levantar valores. Sempre estamos nos virando, se não ficamos no vermelho”, descreveu.
Centro Social no Canelinha
A Prefeitura repassa ao Centro Social quase R$ 1 milhão de reais, por ano. Maicon adiantou que R$ 200 mil serão direcionados ao Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). O educandário custou, em 2022, R$ 1,2 milhões. Neste ano, o custo deve aumentar cerca de R$ 300 mil.
“Nosso intuito com essa ‘filial’ é poder atender a demanda daquela localidade. Claro que muito menor do que temos aqui. Nós temos capacidade para atender e competência. Mas precisaríamos de um local para fazer isso”, frisou.
O projeto inicial, conforme Maicon, é começar a servir refeições para os moradores em vulnerabilidade do Canelinha.“Cerca de 300 ou 400 refeições por dia. Levar um laboratório de informática, não um novo, mas um já utilizado. Apresentar as oficinas e também levar o trabalho de conscientização”, explicou.
O Centro Social possui um mobiliário disponível caso uma estrutura fosse encontrada. Inclusive a presidência já explanou a ideia para a Prefeitura. “Tivemos uma reunião com o prefeito para falar sobre isso. O novo prédio do Centro de Referência e Assistência Social (Cras) Canelinha está quase pronto e a nossa ideia era de abrir essa filial onde é, atualmente, o Cras lá. Mas a ideia do Executivo é que a Secretaria de Assistência Social vá para lá”, informou Maicon.
O presidente do Padre Franco relatou que não há um prédio disponível para instalar o Centro Social, no Canelinha. A Administração ofereceu ceder um terreno. “Precisaríamos de um espaço amplo. O prefeito nos disse que poderia fazer uma cedência de um terreno, mas teríamos que construir. Não é interessante para nós, porque seria de 20 anos e teríamos que investir milhões e não temos. Talvez nem conseguiríamos construir. Então abortamos isso”, justificou.
Maicon explicou que a equipe poderia ser dividida para sustentar as demandas dos bairros, mas não pode fazer isso sem uma estrutura para atender. “O que temos é um serviço para oferecer, que é o que realizamos aqui. Não temos como construir um prédio que não vai ser nosso. Esse desejo apareceu este ano. A gente teria condição de se instituir lá. Uma assistente social, que trabalha 40 horas, poderia dividir entre 20h aqui e 20h lá. O Centro Social já funciona. Achamos que tem a necessidade te atuarmos lá. Para nós poderíamos começar amanhã, talvez teríamos que contratar uma ou duas pessoas, mas não temos um local para isso”, explicou.
Maicon destacou que o projeto não deverá ocorrer neste ano, mas mantém o otimismo para que no futuro próximo isso aconteça. “Queríamos dar um passo diferente ajudando quem precisa. No Santa Marta iria continuar fluindo e poderíamos oferecer atendimento também em outro bairro. Isso não é mais possível para esse ano, não temos mais tempo hábil”, sublinhou.
Neste ano, a associação irá realizar a eleição para o quadriênio 2024-2027, mas Maicon ainda não decidiu se concorrerá. Caso permanecer, o projeto deverá sair do papel. “Estou passando por um momento muito feliz aqui, mas não sei se vou continuar, estou pensando e conversando. Mas, se eu concorrer e for eleito, teremos quatro anos para pensar nisso. Aí sim poderemos pensar em instituir no próximo ano”, projetou.
Quadro de funcionários
C/ Carteira Assinada – CLT
1 Coordenador Geral – 40 horas
1 Coordenadora Pedagógica – 40 horas
1 Educadora Social – 40 horas
1 Assistente Social – 40 horas
1 Psicóloga – 30 horas
1 Professora de Reforço Escolar – 40 horas
1 Monitora – 40 horas
1 Professor de Informática – 40 horas
1 Cozinheira – 40 horas
2 Auxiliar de Cozinha – 40 horas
2 Auxiliar de Limpeza – 40 horas
1 Manutencionista– 40 horas
Prestadores de Serviço MEI – Oficineiros
1 Psicopedagoga – 20 horas
1 Professor de Inglês – 20 horas
1 Professora de Teatro – 20 horas
1 Professora de Dança – 20 horas
1 Professora de Acrobacias Aéreas em Tecido e Lira – 20 horas
1 Professor de Acrobacias de Solo – 20 horas
1 Professor de Capoeira – 20 horas
1 Professora de Musica( Musicalização e Teclado) – 10 horas
1 Professor de Violão – 10 horas
1 Professora de Coral – 3 horas semanais
1 Maestro da Banda – 4 horas semanais











