Trabalhos foram conduzidos pelo presidente da Comissão de Saúde, Rafael Bueno (Foto Denerlei Antonioli, Divulgação)
O secretário municipal da Saúde, Jorge Olavo Hahn Castro, cogitou tornar obrigatório o uso de máscaras de proteção, em Caxias do Sul. A referência foi feita na quarta, 15, durante live da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores. Para esclarecer a população sobre medidas relacionadas ao novo coronavírus, a transmissão ao vivo durou 1h44 e alcançou mais de 2.800 visualizações no Facebook, além do YouTube e da TV Câmara (canal 16 da NET). Castro reiterou que o isolamento social funciona, pois achata a curva de contágio. Mesmo assim, admitiu não ser possível manter todo mundo em casa sempre, devido às consequências econômicas à população. Defendeu um equilíbrio com as normas sanitárias.
O secretário e a médica infectologista Andréa Dal Bó, que dirige as Vigilâncias Municipais, responderam a 41 questionamentos enviados à comissão por cidadãos em geral e pelos vereadores Alberto Meneguzzi/PSB, Denise Pessôa/PT, Edson da Rosa/PP, Felipe Gremelmaier/MDB, Paula Ioris e Tatiane Frizzo/PSDB, e Renato Oliveira/PCdoB. Também esclareceram dúvidas de quem interagiu com a live, a partir de comentários, em tempo real.
De acordo com o secretário, há equipamentos de proteção individual suficientes e apropriados aos profissionais envolvidos no controle da pandemia viral. Afirmou que alguma dificuldade de acesso ao material pode ser devido à logística. Alertou que não existe orientação para as unidades básicas de saúde só atenderem pacientes com suspeita de Covid-19. Sustentou que todos que procurarem atendimento o terão.
A diretora das Vigilâncias comentou sobre estudos de verificação, em domicílios da cidade, desenvolvidos por estudantes de Medicina da Universidade de Caxias do Sul. Enfatizou que, até o momento, não houve teste positivo nas residências. Garantiu, ainda, que serão cumpridas as metas de vacinação contra a Gripe A (H1N1).
Pelo governo do Estado, Caxias está declarada em estágio de transmissão comunitária. Dados da Secretaria da Saúde indicam que o município tem 99 leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs), dos quais 34 pertencem ao Sistema Único de Saúde e 65 à iniciativa privada.
Para enfrentar a pandemia, a pasta considera 10 novos leitos do Hospital Geral, previsão de outros 10 do Pompéia e cinco do Virvi Ramos. Este último possui estratégia de hospital de campanha em custo estimado de R$ 700 mil por mês, caso seja necessário seu uso.
Sem alteração nos casos confirmados
O município fechou a quarta-feira, 15, mantendo o mesmo número de 37 casos confirmados do dia anterior, dos quais 21 recuperados. Outros 26 pacientes aguardam resultados dos exames e 216 são considerados negativos para coronavírus. Em leitos de UTIs encontram-se quatro pacientes positivos e um suspeito. Em leitos de enfermarias há um caso confirmado e seis suspeitos. A Secretaria da Saúde registrou o óbito de um paciente suspeito de 52 anos, ainda sem resultado sobre o teste realizado.