Capoani assegura que empresariado seguirá apoiando iniciativas da Prefeitura para prevenir a propagação da doença (Foto Gilmar Gomes, Divulgação/Banco de Dados)
Na busca de uma solução que equilibre as necessidades de cumprir as medidas protetivas recomendadas pelos órgãos de saúde para coibir a proliferação do coronavírus e de atender a demanda empresarial de restabelecer o fluxo econômico por meio da geração de renda, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG) elaborou, em aliança com diversas entidades representativas, um manifesto em que solicita autorização para retomada gradual das atividades da indústria, comércio e serviços a partir do dia 1º de abril de 2020. A proposição entregue ao prefeito Guilherme Pasini, na manhã de sexta, 27, sugere priorizar o isolamento social apenas dos integrantes do grupo de risco (pessoas com mais de 60 anos, gestantes, portadores de doenças respiratórias crônicas, diabéticos, cardiopatas, hipertensos e outros assim considerados neste mesmo contexto pela Organização Mundial da Saúde – OMS e pelo Ministério da Saúde do Brasil) e pede a liberação para os demais indivíduos possam voltar ao trabalho.
No entendimento da entidade, a manutenção da parada generalizadas das atividades produtivas inevitavelmente levará ao caos econômico e, por conseguinte, social. Reforça que, sem a imediata retomada das atividades empresariais, ocorrerá, em breve, a derrocada dos negócios, ocasionando o fim de muitos postos de trabalho, o cessar do recolhimento de tributos e o encerramento de qualquer investimento social, seja em saúde, segurança, e habitação, entre outros. “Reforçamos o compromisso com o poder público municipal para o bem da comunidade, mas neste momento se faz necessário, também, atender a demanda empresarial, permitindo que retomem suas operações”, pondera o presidente do CIC-BG, Rogério Capoani.
Capoani reforça que o CIC-BG está engajado em ações organizadas para garantir o abastecimento da população, criando uma atmosfera de cooperação e calma, que permita passar por este período de dificuldades e restrições necessárias e, ao mesmo tempo, evitar gerar danos irreversíveis nos ambientes social e econômico. "Buscamos voltar a operar com toda a responsabilidade de quem tem a consciência de não ser o vírus apenas uma simples gripe e que a situação exige todo o cuidado, esforço e atenção, de modo que integra nossa proposta a irrestrita observância e prática de todos os protocolos internacionais, das orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde naquilo que se aplica aos ambientes laborais para a total segurança dos nossos funcionários", afirma.
O manifesto tem ainda o respaldo da Associação dos Profissionais e Empresas de Serviços Contábeis, Associação das Empresas da Construção Civil da Região dos Vinhedos, Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul, Câmara dos Dirigentes Lojistas, Conselho Pró-Segurança Pública, Fundaparque, sindicatos locais das Indústrias, Metalúrgicas, Mecânicas e de Materiais Elétricos, das Indústrias de Material Plástico da Região dos Vinhedos, de Transportes, do Varejo e das Indústrias de Móveis, Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil e União Brasileira de Vinicultura.