InícioGeralGramado e CanelaNenhum crime ambiental foi identificado no aterramento do lago na Expogramado

Nenhum crime ambiental foi identificado no aterramento do lago na Expogramado

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Texto: Gabriel Bremstrop

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GRAMADO –Existe a licença para o aterro e ainda estamos verificando os laudos, mas até o momento não foi vislumbrado o cometimento de nenhum crime ambiental”. A fala é do tenente da Patram, Marco Antônio Ritter sobre o aterramento do lago na Expogramado que vem gerando polêmica na cidade.

A Gramadotur em trabalho conjunto com a Secretaria de Obras, esvaziou e está aterrando o lago superior do ExpoGramado. Algumas dúvidas sobre quem teria autorizado tal ação surgiram na comunidade gramadense.

Segundo a presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk o açude, termo utilizado por ela para se referir ao lago, tinha como única finalidade o paisagismo e estética do local, além de ser artificial e ter sido construído pela iniciativa privada. “Importante registrar que o referido lago é artificial e foi construído pela iniciativa privada por ocasião da edificação do Complexo Expogramado. O açude apresentava finalidade unicamente paisagística e estética”, salientou Rosa Helena.

A Autarquia Municipal de Turismo lembrou também que a ação é importante para a ampliação da área de estacionamento no local por causa dos eventos ali realizados. “Em função da montagem periódica da cobertura de lona para o Grande Desfile de Natal, a área externa costuma estar bastante reduzida dificultando a passagem de pessoas e veículos que utilizam o estacionamento durante o período de espetáculos e também para os demais eventos que acontecem no ExpoGramado”, lembrou Rosa Helena, afirmando que a utilização do estacionamento durante o ano é gratuita para moradores e turistas, havendo cobrança apenas em período do Natal Luz.

A presidente da Gramadotur, também afirmou que por ser um lago artificial não existe nascente no local e a fauna foi transferida para o lago maior que fica ao lado, junto as instalações dos pavilhões da Festa da Colônia.

Outro ponto trazido por Rosa Helena foi a utilização da área do lago de forma indevida por algumas pessoas para fazer acampamentos. “Cumpre ressaltar que a área do Complexo da Expogramado estava por vezes sendo ocupada indevidamente por pessoas que faziam acampamentos no entorno do Lago, produzindo poluição e riscos ambientais, com acendimento de fogueiras para churrascos, volume altos de sons nos carros, além de deixarem rastros de lixo no local, o que incomodava os vizinhos e frequentadores da área”.

Sobre o fato, a Brigada Militar (BM) por meio do departamento de comunicação, informou que não existem solicitações e chamados até o local, mas é de praxe da guarnição fazer rondas na área da Expogramado.

Por fim, Rosa Helena lembrou que no ano passado a Gramadotur liberou o Lago Joaquina Rita Bier para a sociedade, deixando de fazer os shows naquele local, tendo a Prefeitura revitalizado a área para utilização de toda a comunidade.

O Jornal Integração também conversou com a secretária do Meio Ambiente de Gramado, Cristiane Bandeira, que afirmou que o lago foi considerado artificial pelos técnicos da Secretaria e que a Gramadotur obteve a autorização necessária.

“No início desse ano foi expedida uma autorização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente para a Gramadotur realizar as intervenções. Essa autorização, assim como as demais emitidas pela Secretaria, são baseadas e fundamentadas a partir de parecer da área técnica do licenciamento ambiental. Neste momento, estamos atendendo aos registros feitos pela comunidade, quanto à situação da área. Na sexta-feira a área de fiscalização esteve no local para verificar o andamento daquilo que foi autorizado pelo técnico. Ele (o lago) foi considerado como lago artificial”, afirmou Cristiane.

Policiais da Patrulha Ambiental (Patram) também estiveram fiscalizando o local. Em contato com a reportagem do Jornal Integração, o tenente Marco Antônio Ritter informou que até o momento nenhum crime foi identificado. “ Foi feito um levantamento e estamos analisando as documentações ainda. Existe a licença para o aterro e ainda estamos verificando se existe algum crime ambiental, mas até o momento não foi vislumbrado o cometimento de nenhum”, disse.

Ritter também confirmou que a princípio o lago era artificial e que o município é o responsável por autorizar a abrir e fechar esse tipo de lago, a não ser que fosse uma nascente, que, segundo ele, não é o caso. “Estamos fazendo estudos com a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) para sabermos se havia algum curso de água ou nascente no local, mas a princípio não havia”, finalizou.

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