Indústria de couro e calçados foi a quem apresentou o melhor resultado em janeiro (Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas, Divulgação)
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado nessa segunda-feira (9) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), revela que a atividade no setor, depois de três quedas consecutivas, começa o ano em alta. No primeiro mês subiu 3,3% em relação a dezembro, com ajuste sazonal, no maior índice mensal desde janeiro de 2010 – ficou apenas atrás de junho de 2018 devido à recuperação da greve dos caminhoneiros. Mesmo assim, somente recuperou parte das perdas recentes, que desde maio do ano passado chegaram a 5,9%.
Com exceção da massa salarial real, que caiu 2,2%, foi positivo o desempenho mensal de todos os componentes do IDI-RS: faturamento real subiu 7,7%; horas trabalhadas na produção, 7,4%; compras industriais, 4,7%; e emprego, 0,3%. O melhor nível de atividade da indústria se reflete também com o crescimento da Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que atingiu 82,6% após subir 3,7 pontos percentuais em janeiro.
Quando comparado a janeiro de 2019, o resultado é bem diferente, não evitando a sétima queda, a quarta consecutiva em oito meses: -1,6%. Com isso, a atividade industrial gaúcha voltou a ficar negativa pela primeira vez desde setembro de 2017 no acumulado em 12 meses: -0,2%.
As influências para o resultado negativo vieram do faturamento real, 5,3%; das compras industriais, 4,2%; do emprego, 0,4%; e da massa salarial real, 0,2%. Apenas as horas trabalhadas na produção tiveram crescimento, de 0,4%, e a UCI de mais 0,4 pontos percentuais.
Ainda em termos anualizados, 11 dos 17 setores pesquisados cresceram. Porém, as reduções de setores importantes como tabaco, 30,4%; químicos e derivados de petróleo, 5,7%; e máquinas e equipamentos, 1,1%, determinaram o dado negativo agregado. Já as altas vieram de couros e calçados, com 8,2%; produtos de metal, 5,5%; e borracha e plásticos (2,8%).