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Percebo que o padrão da rivalidade trazida à tribuna pelos vereadores de situação e oposição está um tom acima. E atribuo o início desta ‘quase’ rixa ao petista Professor Daniel. Por alguma razão, provavelmente acuado em razão do contrato com a Verdes Campos, que quebrou todo o seu discurso de diálogo, transparência e economicidade com a coisa pública, o obrigou a buscar uma fuga. Aí se chamar a situação de puxa-saco por elogiarem o governo tira esses vereadores também do conforto e promove uma mistura que confunde o eleitorado. Por outro lado, os situacionistas (vereadores do PP) também entendem que encontraram o lado fraco do petista que vinha se destacando.

Puxa-saco

Na verdade quem asseverou este debate foi o vereador petista. Embora ele parece bem tranquilo, quando na tribuna, se altera e usa palavras afiadas para atacar ou contra atacar que ofendem os demais. Lembro, por exemplo, quando o prefeito esteve na Câmara, claro que uma boa parte dos secretários foi lá o assistir e o vereador os chamou todos de puxa-sacos. Não poupou vocábulos ao prefeito também o chamando de mentiroso. E esse papo de puxa-saco virou rotina, toda sessão lá vem ele com essa expressão. Segunda-feira chegou a dizer que se um dos seus colegas de oposição for um dia prefeito, não será um dos seus puxa-sacos, assim como não quereria que se ele mesmo for o prefeito um dia, lhe puxem o saco.

Puxa-saco de ladrão

Neste puxa e empurra, como sempre acontece, quem fala o que quer, ouve o que não quer. Como sabemos o maior e pior saco a ser puxado no Brasil é exatamente o de um ladrão, muito conhecido, ex-condenado e presidiário, líder político de muitos. Aí os buldogues do prefeito, colocados lá exatamente para isso, mostraram os dentes. “Puxa-saco de ladrão”, referiu Joel dos Reis ao ex-presidente da Câmara, Professor Daniel. Em sua defesa, Daniel disse que nas eleições de 2016 e 2020 (anos de eleições municipais), seus candidatos não eram condenados (falando do Fedoca e do Evandro), ‘sisquecendo’ da eleição presidencial. E, deixando a entender, também, que na eleição que se avizinha não vai apoiar ladrão. Veremos.

Rosi ofendida

Os vereadores da situação tem se aproveitado do deslize do petista na licitação de uma emissora de rádio para transmissões das sessões no apagar do seu mandato de presidente do Legislativo em 2021, que violou o princípio constitucional da economicidade, que até foi rescindido por esta razão por recomendação do Ministério Público (MP). Mas aí veio também um contra-ataque do petista que lembrou da investigação em andamento no MP contra a líder de governo Rosi Ecker. Aí a progressista se sentiu ofendida e até o partido se envolveu, tomando as dores. Na minha visão, discussão é discussão e pau que dá em Chico também dá em Francisco. Então a Rosi tem de se defender ali mesmo, na tribuna. Até porque, ao que se sabe, não passou da verdade. Assim como o petista tem de enfrentar sua fraqueza ali na frente de todos, os demais também terão de fazê-lo. É o ringue político adequado e justo.

Voos mais altos

De fato os vereadores da situação se alinharam no embate e não estão deixando nada passar sem resposta. De fato um prefeito igual o Nestor precisa e merece defesa alta, pois se até o Fedoca consegue quem o defende, imaginemos. E o Professor entende isso com um reconhecimento a si, pois se está sendo atacado, combatido, é porque tem força. Na sessão passada chegou a dizer que está se sentindo, por isso, na condição de alçar voos mais altos nas próximas eleições. Claro que isso é retórica sua, notoriamente para disfarçar que está sentindo o golpe. Aparentemente frio e calculista, Professor Daniel sentiu o golpe. A licitação que fez não pode ser apagada e ali faltou exatamente tudo o que está falando dos outros, defende como necessários quando se trata da coisa pública. Como já escrevi em outra coluna, acho que esse “voo mais alto”, perdeu força. Esta licitação é uma mancha que certamente irá para o caixão.

Transporte coletivo

Segue repercutindo muito entre os vereadores o transporte coletivo de Gramado. Deficitário, insuficiente e desorganizado. A empresa teve uma ajuda financeira de R$ 250 mil no início do ano por parte da Prefeitura, mas as reclamações só aumentaram. Esta semana a Prefeitura voltou a conversar com a direção da empresa e, ao que se desenha, novos aportes poderão, ou deverão, ser feitos pelo poder público à empresa.

Transporte público

O transporte coletivo (de ônibus) é também conhecido como ‘transporte público’. E para todos os meios e fins, é exatamente o que é na prática, ‘transporte público’. Sendo assim, o Município tem sim responsabilidade em garantir que este tenha boa qualidade e atenda as necessidades do público, da população. Por isso, em casos especiais, com a justificativa do fornecedor do serviço, o tesouro municipal socorre a empresa, nosso caso a Gramado Turismo.

Tem que ter um fim

Ficar auxiliando com dinheiro, no entanto, não me parece algo interessante. Tem que ser muito bem justificado e com todo o cuidado para que isso não se torne uma máxima, uma rotina de quando a coisa aperta, corra-se ao cofre municipal. Trata-se de uma empresa privada e por isso tem de dar seus pulinhos. O momento com o aumento da gasolina, é um bom motivo para a empresa atrair novos clientes, em baixa desde o advento dos transportadores por aplicativos, como o Uber. Da parte do município tem que correr e fazer uma licitação para que possa fazer um contrato de longo prazo com a empresa vencedora afim de que esta possa se planejar, coisa que nunca ocorreu com a Gramado Turismo, que opera sem esta garantia dede sempre.

Luz amarela

O vereador Celso Fioreze fez um alerta na sessão passada sobre as placas de publicidade e/ou de identificação das empresas da cidade. Para ele o padrão estabelecido por lei municipal está sendo desobedecido e há necessidade de fiscalização e orientação. “Não podemos voltar ao passado”, destacou. Na sessão da semana anterior Fioreze, por ocasião da aprovação de repasse financeiro ao Gramadense, destacou que aquela parceria e troca de imóveis foi mal pensada, eis que o campo foi entregue, já tem todos os empreendimentos funcionando em cima e nada do novo campo do Gramadense. Ao contrário da APAE, onde a parceria foi correta, pois a instituição já estava atendendo no novo espaço quando a antiga sede foi entregue ao empreendedor.

Contratações

Os vereadores aprovaram projetos de lei do Executivo na sessão de segunda autorizando a contratação de agentes de trânsito e pessoal para as escolas. No entanto, ao meu ver, a remuneração para estes cargos, prevista na referida lei, é muito baixa. Cozinheira (merendeira) 40 horas semanais, por R$ 1.400 (1.496,28) e orientador de trânsito, com experiência, comprometido em feriados e finais de semana, por pouco mais do que dois mil ao mês (2.287,70), acho difícil encontrar.

O Voto de Minerva

Programa de terça contou com a presença dos vereadores Joel do Reis e Nery da Farmácia (PP) e Cícero Altreiter (MDB). Foi muito legal o debate, vale a pena conferir lá na página do Jornal Integração no Facebook.

Texto: Cláudio Scherer | [email protected]

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