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Marcia Aparecida Meinhart é a primeira gramadense a se tornar freira

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GRAMADO – A gramadense Márcia Aparecida Meinhart, 22 anos, é a primeira mulher que entrou para o convento e realizou o percurso completo para se tornar freira. Sua família mora no bairro Piratini e desde muito cedo Márcia não apenas participava como também contribuía com as atividades da Igreja Católica, na Paróquia São Pedro.

Ela participou por 12 anos como coroinha e também do Curso de Liderança Juvenil (CLJ). Além disso, responsáveis pelos primeiros passos da jovem, seus pais, Luiz e Maria Meinhart participam do Movimento de Casais, o Cursilho. Márcia nasceu no Hospital Arcando São Miguel (HASM) e desde 1992 morava com os pais na rua Pindorama, bairro Piratini.

“Ela vai ficar em Novo Hamburgo. Melhor assim, quis este caminho. Ver um filho bem é a melhor coisa para um pai”, disse Luiz. Emocionada, a mãe da jovem freira lembra de quando escolheu o nome da filha. “Eu sou devota de Nossa Senhora Aparecida e como colocamos o nome nos filhos iniciando com ‘M’ (Márcio, Marcelo e Maurício), eu queria que tivesse Aparecida no nome. Márcia sempre dizia que ia estudar para ser irmã. Eu não levava muito a sério. Mas, quando ela começou a colocar as roupas na mala, aí eu me assustei. Só acreditei que ela ia seguir depois de um ano que ela já estava morando com as irmãs”, disse a mãe, que acrescentou, “estou muito feliz por minha filha”.  

Dona Maria e Seu Luiz com a imagem da Nossa Senhora Aparecida, inspiração para o nome da filha. (Crédito: Lucas Brito/JIH)

A jovem freira conta que tentou resistir ao chamado que sentia em seu coração e por várias vezes tentava desviar o caminho. Mas, chegou um dado momento que sentiu que não tinha mais como fugir e que precisava seguir o que Deus queria par ela. “Foi uma alegria receber o chamado. Eu sempre via as irmãs com um sorriso no rosto e era isso que eu queria transmitir para os outros”, comentou Márcia.  

O início

Ela decidiu entrar em 2018, iniciando em fevereiro a caminhada do Aspirantado e do Postulantado na Diocese de Novo Hamburgo, em que a candidata a vida religiosa conhece a congregação a qual pretende fazer parte. Depois ela foi para Teresópolis (RJ) fazer o Noviciado (estudo, oração e trabalho). Com os Votos Simples, temporários, realizado por Márcia no sábado (22), na Igreja São Pedro de Gramado, ela já é considerada freira e terá uma etapa de cinco anos no Juniorato, que é preparação para os Votos Perpétuos.

A maior parte do trabalho das Irmãs Angélicas está na educação, onde atuam na administração dos colégios católicos. A jovem gramadense já vai ficar em uma casa de missão, terá um trabalho específico e com um programa de formação. Será um período de discernimento, para depois entrar no nível superior conforme sua aptidão.

Atualmente Márcia reside na Congregação das Irmãs Angélicas de São Paulo, em Novo Hamburgo. Ela lembrou como tudo começou, quando tinha nove anos e recebeu o primeiro chamado de uma irmã do Imaculado Coração de Maria. “Elas perguntaram se eu gostaria de ser freira. Na minha cabeça, ser freira era a mesma coisa que ser padre, porém feminino, que poderia consagrar. Como eu estava no primeiro dia servindo como coroinha, achei aquilo muito emocionante”, disse Márcia.

No entanto, Márcia admitiu muitas incertezas, até que aos 15 anos, o diretor espiritual apresentou as Irmãs Angélicas. “Foi quando uma delas entrou em contato comigo e eu fui me apaixonando. Eu era coordenadora dos coroinhas e os encontros de formação eram elas que coordenavam. Não fiz nenhum encontro vocacional presencial, mas elas já conheciam a minha história. Fui passar uma semana com elas e sempre sentia algo me dizendo que sim. Mas a gente sempre tem uma insegurança e quer dar um passo para trás”, falou.

Irmã Márcia Aparecida com os pais em frente a Igreja São Pedro, no sábado de manhã (22), com os pais. Ela estava ensaiando para a celebração dos Votos Simples, que ocorreu às 18h. (Créd. Lucas Brito/JIH)
Márcia sempre gostou muito de se dedicar as meditações e práticas católicas. A mãe dela conta que a jovem não perdia nenhuma das missas nos finais de semana e gostava muito de rezar o Terço. (Créd. Divulgação)
Irmã Márcia Aparecida mantém o desejo de levar o sorriso que ela percebeu desde o princípio no rosto das irmãs consagradas. (Créd. Divulgação)

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