CANELA – A substitua natural de Alberi Dias (MDB), a atual presidente Emília Fulcher (Republicanos) e o vereador Alfredo Schaffer (PSDB), disputarão a presidência da Câmara de Vereadores, após renúncia de Dias.
A resposta do Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (Igam) que estava sendo esperada veio no sentido de que deve mesmo ocorrer nova eleição para o cargo. O Jornal Integração apurou que o vereador Jeferson do Transporte (MDB), que é um dos cinco emedebistas, vota em Alfredo, pois está descontente com o governo, pela presença de militantes do Progressistas em cargos da Prefeitura de Canela, como a secretária da Saúde, Patrícia Vale.
O que se previa é que Emília Fulcher se elegesse contando com os cinco votos do MDB. Alfredo, porém, precisa dos três votos do PDT, além dos dois do PSDB. E ali pode residir a oportunidade de Emília se manter no cargo. Jonne Wulf, que é o terceiro voto do PDT, disse ao Integração que vota em Emília, já que sequer foi consultado pela outra parte e não pretende votar em cima de decisão de terceiros em seu nome.
Consultada, Emília mencionou que não pretende abrir mão de concorrer até a última instância. Se perder no voto aceita e volta a ser apenas a vice, cargo ao qual é eleita, mas entende que o momento de presidir a casa, é seu.
A eleição deve ocorrer dia 7 de fevereiro
Quanto ao vereador Alberi Dias, preso desde o dia 28 de dezembro, ao que o Integração apurou, não pretende renunciar ao cargo pelo qual foi eleito, em outubro de 2020. Assim, só após definida a nova Mesa Diretora é que poderá ser montada uma Comissão de Ética para depois avaliar e votar sua cassação, o que pode demorar três meses. Porém, uma fonte consultada garante que a cassação é certa e provavelmente por unanimidade diz também que Alberi deverá renunciar quando a votação da Câmara estiver próxima, para não perder os direitos políticos.
Enquanto isso, porém, assim que sair da cadeia está livre para reassumir seu cargo de vereador, já que a suspensão judicial de 60 dias venceu no sábado (8). A suplente Mana (MDB), que atuou neste período de afastamento de Dias, já não está mais no cargo. Portanto, a Câmara de Canela, no momento, está com 10 vereadores livres e um preso.
Todas as fontes consultadas pelo Jornal Integração destacam um clima tenso na Câmara de Vereadores com tudo o que está acontecendo, pois também manifestam a dificuldade do prefeito Constantino Orsolin em manter a conciliação do seu grupo hoje com oito dos 11 vereadores. Para muitos é certo o rompimento do PSDB, que tem dois vereadores e o vice-prefeito, com o governo.
Assim, com o vereador Jeferson do Transporte também na berlinda o executivo poderia perder três vereadores e não ter mais a maioria. Mais uma vez entraria na pauta o vereador Jonne Wulf, que tem se mostrado mais alinhado ao governo do que mesmo ao PDT e poderia ser dali em diante o voto de minerva do prefeito.