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Receita da Marcopolo tem alta de 5,5% em nove meses

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No acumulado de nove meses, a receita operacional líquida da Marcopolo teve alta de 5,5% na comparação com igual período do ano passado, alcançando R$ 3,1 bilhões. O resultado decorre da venda de 11,4 mil carrocerias, dentre mercado interno e negócios no exterior, crescimento de 0,5%. A produção total foi de 11,8 mil, incremento de 0,5%. Os dados foram divulgados pela companhia nesta terça (5).

No Brasil, a receita líquida avançou 16,9%, para perto de R$ 1,651 bilhão. O mesmo ocorreu com o desempenho das unidades instaladas no exterior, que tiveram alta de 18,3%, para R$ 777 milhões. O baque foi sentido nas exportações, na ordem de 22%, recuando para R$ 692,5 milhões.

No acumulado de nove meses, a empresa gerou Ebitda de R$ 226,3 milhões, com queda de 20,5% sobre o mesmo período de 2018. Por sua vez, o lucro líquido avançou 18,2%, para perto de R$ 141 milhões.

As operações brasileiras registraram a venda de 9,7 mil unidades, recuo de 3,4%. O mercado interno absorveu 7,8 mil unidades, com alta de 4%, enquanto as exportações cederam 26%, para perto de 2 mil.

A participação da Marcopolo no mercado doméstico foi de 49,2% no acumulado de nove meses, recuo de sete pontos. A queda é atribuída, principalmente, ao volume de carrocerias urbanas, que teve aumento de 48% na produção nacional, enquanto a Marcopolo apurou alta de somente 1,8% neste segmento.

As unidades localizadas no exterior aumentaram as vendas em 30%, somando 1,7 mil unidades. México, com 1,1 mil carrocerias, teve o melhor desempenho, com alta de 84,4%. Também a África do Sul apresentou variação positiva de 3,5%, com 176 unidades. Resultados negativos foram apurados na China, na ordem de 45,8%, com 91 unidades; e, na Austrália, de 9,5%, para 352 carrocerias. A operação australiana, no entanto, após reestruturação realizada nos primeiros meses do ano, reverteu prejuízo e consolidou lucro no acumulado. Na Argentina, a empresa registrou 17 unidades, pois a consolidação de vendas pela Metalsur passou a ser feita somente no terceiro trimestre deste ano.

Nas unidades coligadas, nas quais a Marcopolo não detém 100%, a produção somou 5,1 mil unidades, queda de 5,3% no acumulado de nove meses. A Índia, com 4,4 mil carrocerias, apurou queda de 10,5%. Na Colômbia, houve alta de 48%, para 707 unidades.

 

Terceiro trimestre registrou queda na atividade produtiva

Vendas de modelos rodoviários recuaram 27% de julho a setembro na comparação com igual período do ano passado (Foto Marcopolo, Divulgação)

 

Tradicionalmente, o terceiro trimestre concentra o maior volume de produção na indústria de ônibus. Este ano, no entanto, foi diferente. A Marcopolo apurou desaceleração no nível da atividade produtiva, especialmente nas plantas localizadas no Brasil. De acordo com o relatório financeiro, a receita líquida teve queda de 1,8%, para R$ 1,081 bilhão, na comparação com igual período do ano passado. As vendas físicas totalizaram 3.971 unidades, recuo de 12,3%.

O mercado interno apurou recuo de 6%, para R$ 615 milhões, com a venda de 2,8 mil unidades, queda de 17%. Em volumes, as exportações caíram 19%, para 511 carrocerias, mas a receita avançou 3%, para R$ 188,7 milhões. As unidades externas controladas entregaram 628 unidades e apuraram receita de R$ 277,5 milhões, altas de 20% e 5%, respectivamente. A produção consolidada no Brasil e no exterior, de 3.926 unidades, foi 18,6% inferior ao mesmo período do ano passado.

A diretoria, no entanto, avalia esta pausa como um breve respiro frente a uma base comparativa forte estabelecida no terceiro trimestre de 2018 e não como uma interrupção do processo de recuperação da demanda. “Já percebemos a retomada em outubro, o que nos faz crer em um quarto trimestre melhor. Há um ambiente propício para renovação de frotas e realização de investimentos em transporte público de qualidade, com a taxa básica de juros em seu menor nível histórico, associada ao esperado crescimento econômico”, afirmou James Bellini, CEO da companhia de Caxias do Sul, na manhã desta terça durante a teleconferência para apresentação dos resultados.

Um dos principais impactos sentidos no terceiro trimestre foi no segmento de rodoviários, que recuou 26,9% sobre igual período de 2018. O fato é atribuído à antecipação de compras em razão da entrada em vigor da norma de acessibilidade nesses modelos em outubro do ano passado. Já a venda de modelos para fretamento foi novamente impactada por indefinições sobre a obrigatoriedade da instalação do elevador. Com a publicação de decreto em 6 de setembro, que excetua a instalação de elevadores no transporte de fretamento e turismo até janeiro de 2020, a expectativa da diretoria é de recuperação da trajetória de crescimento dos volumes de rodoviários no quatro trimestre deste ano.

A empresa também acredita na continuidade do crescimento de urbanos, com destaque para a capital de São Paulo, que deve alavancar as vendas a partir da finalização da nova licitação, que já tem seus vencedores conhecidos. De acordo com José Valiatti, CFO e diretor de relações com investidores, a companhia irá incrementar ações neste mercado, onde ainda tem pouca participação. 

Nos segmentos de micros e modelos Volare, as reduções de 35,9% e 3,9% na receita, respectivamente, decorrem do fim das entregas para o programa Caminho da Escola em 2019. Mas a empresa espera recuperação em 2020, pois se habilitou a fornecer 4,8 mil unidades da nova licitação de 6,2 mil, lançada em setembro pelo governo federal.

Em relação às exportações, as expectativas são de manutenção do desempenho modesto em 2019, com redução de vendas nos principais mercados da companhia, em especial, na Argentina, no Chile e continente africano. Porém, James Bellini acredita na recuperação a partir de 2020, especialmente na Argentina. “O pior já passou. Temos a expectativa de que o novo governo volte a incentivar o transporte, como era no passado”, afirmou Bellini. Também citou que o mercado chileno dá sinais de retomada, ao mesmo tempo em que Peru e Bolívia deram respostas positivas surpreendentes.

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