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Inadimplência das famílias gaúchas tem nova alta

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Tempo médio de atraso nas contas aumentou para 65 dias (Foto Carlos Augusto Alves de Souza, Divulgação)

Pelo oitavo mês consecutivo, o percentual de famílias gaúchas com dívidas em atraso cresceu, chegando a 27%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Fecomércio-RS, nesta quinta-feira (31). O mesmo ocorreu com as famílias em situação de persistência da inadimplência, ou seja, sem perspectiva de pagar nenhuma conta em 30 dias, que somaram 12%. O índice alcançou, em outubro, a sétima elevação seguida. Em outubro do ano passado estes indicadores apontavam 18,9% e 5,1%, respectivamente.

Além de menos famílias em situação e persistência de inadimplência, o cenário de um ano atrás era composto por menor endividamento. E a percepção em relação ao nível de endividamento também era diferente: enquanto, em outubro do ano passado, 7,2% das famílias se consideravam muito endividadas e, 20,9%, pouco endividadas, o resultado deste mês registrou, respectivamente, 17,5% e 31,1%. "Ao mesmo tempo em que uma parte das famílias, após a crise, parece ter adotado comportamento mais moderado e cuidadoso com as dívidas, os dados têm indicado que outra voltou a se endividar de forma menos planejada. A falta de planejamento em famílias com orçamentos apertados pode levar a uma situação de inadimplência quando gastos imprevistos acontecem ou há redução não planejada da renda", comentou o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn.

O cartão de crédito permanece como principal meio de dívida (72,9%), seguido por carnês (29,7%), financiamento de casa (14,3%) e financiamento de carro (12,7%).  Os dados da pesquisa também mostram que a parcela da renda comprometida foi de 29,6%, com pequeno avanço ante setembro (29,4%), enquanto o tempo de comprometimento com dívidas foi de 6,2 meses ante 6,4 de setembro. Em outubro do ano passado, o período indicado era de 4,9 meses.

Para as famílias com contas atrasadas, o tempo médio de atraso teve alta, de 63,9 dias em setembro para 65 em outubro. Famílias com atraso superior a 90 dias passaram de 43% para 45%. "O endividamento sustentável é bom para o comércio, pois permite que as pessoas expandam seu consumo. No cenário atual, muitas famílias se encontram em ocupações informais no mercado do trabalho, o que se reflete em rendimentos mais instáveis, deixando as famílias mais suscetíveis à inadimplência", completou. De acordo com a pesquisa, 68,3% das famílias ouvidas se disseram endividadas. Em outubro do ano passado, o índice era de 63,2%.

 

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