InícioGeralGramado e CanelaFeito em Gramado reúne inspirações e artistas que adotaram a cidade

Feito em Gramado reúne inspirações e artistas que adotaram a cidade

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GRAMADO – Por diversas mãos e inspirações, a 9ª Feira Feito em Gramado é de cada pessoa que adotou o município como lar e fonte de prosperidade. 61 expositores apresentam aos turistas e moradores variedades de malhas, móveis, pinturas, esculturas e comidas típicas de Gramado. De acordo com a coordenação do evento, que começou no dia 23 de setembro e encerra na próxima a terça-feira (12), cerca mais de 2.500 pessoas que visitam a feira, situada no complexo Expogramado, diariamente.

Quem são os expositores?

A reportagem do Jornal Integração visitou a feira e conversou com expositores e artistas que expressaram sobre a relação que carregam com a arte, destacaram a volta dos eventos presenciais econtaram sobre os processos de criação de seus produtos.

Maria Eva Machado, natural de São Sebastião do Caí, mora há 45 anos em Gramado, onde desenvolveu técnica e paixão pelo artesanato. Em sua residência no bairro Piratini, Dona Eva produz, à mão, puxa-sacos, galinhas de guardar pão, guarda-bolos, chaveiros e tocas. Há três décadas, a idosa de 63 anos, participa de oficinas, associações artísticas e exposições, fazendo da sua vida o artesanato.

“Comecei a expor meus artesanatos na Rua Coberta. Nós fazíamos a Feira de Inverno ali e comecei a produzir puxa-sacos e galinhas de guardar pão. Eu sempre fiz em casa para vender e, pouco tempo depois, eu comecei a participar da Associação Elizabeth Rosenfeld. Foi assim que me introduzi nas exposições na década de 1990. Depois que sai da entidade, fui pra Musiarte  e fiquei lá durante cinco anos. Eu comecei a fazer os artesanatos por gosto e as pessoas que conheciam elogiavam e passaram a comprar meus produtos. Eu tenho alegria para fazer, eu já pensei em parar, mas eu não consigo. Eu me sinto muito feliz com isso. A feira  está sendo de muita alegria. Sinto como se tivesse começado de novo após todo tempo que ficamos paralisados por conta da pandemia da Covid-19. Meus produtos estão sendo bem aceitos, só tenho a agradecer aos organizadores”, expressou ela.

Especialista em esculturas a base de couro e pinturas de óleo sobre tela, a arte-finalista do Natal Luz, Samara Barros, participa pela quinta vez da Feito em Gramado. Baiana, natural de Arraial d’Ajuda, ela saiu de casa com 21 anos para desbravar o Rio Grande do Sul e continuar alimentando seu lado artístico. Moradora do município há mais de 12 anos, ela conta que aflorou diversas facetas relacionadas à sua arte por conta das vocações turísticas e atividades culturais que Gramado promove.

“Aqui temos a oportunidade de mostrar nosso trabalho para os moradores da zona urbana e da zona rural e que também alcança o turista. O comportamento deles está mais cauteloso por conta da pandemia, mas o turista gosta da cidade, do artesanato, das artes plásticas. Gramado chama os visitantes que querem conhecer além da localidade, traz o amante da arte e da arquitetura. O trabalho chama atenção. Desde os meus 19 anos desenvolvo a técnica do couro repuxado. Sempre tive satisfação de fazer arte com um material que poderia estar poluindo o planeta. Gosto de trabalhar com isso e ter essa consciência de que há necessidade de cuidar do meio ambiente”, destacou.

Escultura ‘O Guerreiro’ foi confeccionada em uma semana – Leonardo Santos/JIH

De acordo com Samara, uma escultura de grande porte leva uma semana para ser finalizada. Após o preparo mental e idealização da obra, a artista corta a raspa, amacia a ‘pele’, esculpe a estrutura e leva para o forno. Depois de perder a umidade, a escultura é pintada e reforçada com verniz para proteger a tinta.

“No ‘Guerreiro’, (escultura de 1,83m), eu trabalhei o elemento Terra que é onde se planta a semente dos seus projetos de vida. É a estabilidade, o pé no chão é agir com raciocínio. Me inspirei nisto. Eu trabalho com cinco elementos e estudo a cromoterapia. Eu desejo que a pessoa leve a peça para o lar, decore, fique bonito, mas que ela também veja que tem um pensamento envolvido. Quando a pessoa estiver desequilibrada emocionalmente, quero que ela olhe para a obra e reconheça o elemento Terra e que aquilo traga uma mensagem de incentivo. Meu trabalho parte deste princípio”, expressou ela. 

O evento que terá mais cinco dias de exposição e chega ao fim na próxima terça-feira (12).

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